Roberto Assaf

Flamengo vence de acordo com o que jogou. Muito pouco

Vamos concordar que o jogo não apresentou o previsto pela maioria esmagadora, ou seja, um adversário distante sob o aspecto técnico, o suficiente para permitir ao Flamengo uma vantagem considerável para a partida no Defensores del Chaco. O time venceu por 1 a 0, mas não empolgou, deixando, o confronto aberto, e é claro, a preocupação para a decisão da vaga. A pressão no Paraguai deverá ser superior ao futebol sem graça que o Rubro-Negro mostrou no Maracanã.

O Olimpia fez um bloqueio correto, posicionando o time quase todo na defesa, obedecendo cegamente ao esquema tático, e o pior, procurando parar o jogo a cada momento, com faltas e tumulto propositado, para irritar o adversário. Allan errou o bote e levou amarelo aos dois minutos. E à exceção de um chute longo de Ayrton Lucas, que Espinola mandou para escanteio, o Flamengo, apesar da posse de bola, não conseguia criar chances e concluir. A entrada do veterano Ortiz em Bruno Henrique, aos 34 minutos, merecia o vermelho, se revista no VAR, mas o árbitro, excessivamente confuso, contribuía para atrapalhar. Aos 40, Gérson bateu de fora da área e o goleiro defendeu. Nos acréscimos, na única vez em que o time paraguaio ameaçou, Gonzalez acertou o travessão. O que providenciaria o mago Sampaoli no intervalo?

Bruno Henrique definiu a vitória – Foto:  Divulgação/Flamengo

Flamengo vence no segundo tempo

A ausência de substituições sugeria que o jogo continuaria igual. Mas eis que aos dois minutos, Gabriel cruzou, ao seu estilo, para Bruno Henrique, que cabeceou sem chance para Espinola: 1 a 0. Um alívio. O resultado, para o Olimpia, ainda era interessante, dada a volta em Assunção, e o time continuou fechado, pois sair em busca de empate abriria espaços para um placar efetivamente desconfortável para o segundo confronto.

E embora já tivesse a vantagem mínima, o Flamengo prosseguiu trocando passes demais, sem a objetividade necessária. Isso deixou o Maracanã apreensivo. Afinal, as oportunidades continuaram raras. Aos 30, Bruno Henrique recebeu de Arrascaeta, e errou lamentavelmente a conclusão. As trocas confusas do treinador andarilho, e o ambiente tumultuado pelo espisódio da agressão a Pedro, que acabou punindo o atacante e o próprio clube, não ajudaram em nada. Assim, será necessário jogar muito, mas muito mais bola, no Paraguai.

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Carlos Alberto

Repórter, setorista da Seleção Brasileira, colunista e editor do Jornal dos Sports entre 1998 e 2000. Editor, colunista e editor executivo do LANCE! de 2000 a 2020, Editor-chefe do Jogada 10 desde 2020. É formado pela Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha-RJ) e participou de coberturas de 6 Copas do Mundo (4 como enviado, 1 como chefe de reportagem 1 como editor-chefe), 2 Copas Américas, 1 Eurocopa, 2 Mundias de Clubes, 1 Olimpíada e 6 Champions League.

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