O último compromisso do Flamengo pelo Carioca longe do Rio foi a vitória por 2 a 0 sobre o Sampaio Côrrea, no Mangueirão - Marcelo Cortes / CRF
Um jogo de ataque contra defesa, no qual há uma diferença infinita entre os dois times, não serve, normalmente, como referência. Mas o confronto entre Flamengo e Sampaio Correia, disputado em Belém, contrariou o lugar-comum. Pois mostrou problemas – no Rubro-Negro – que a facilidade para obter a vitória, de 2 a 0, acabou escondendo.
David Luiz, sem ter a quem marcar, se veste de apoiador, e confunde o setor de meio. Quando repetiu a dose em partida maior foi um desastre. O time erra com frequência as saídas de contra-ataque, principalmente quando tem superioridade numérica, entregando a bola precipitadamente aos adversários. E cria, mas perde uma quantidade absurda de oportunidades, por capricho ou desatenção, o que não pode ocorrer diante de rivais complicados. Isso quando não consegue acertar o último passe.
A propósito, é possível perceber alguma dificuldade quando o time é atacado. Mesmo contra uma equipe inofensiva como o Sampaio Correia, o que já havia sido notado no jogo com o Orlando City, que está longe de ser de primeiro nível, mas é muito melhor, é claro, que o estreante de Saquarema. É preciso ressaltar ainda que “rodar o elenco”, mau hábito dos tempos atuais, não dá uniformidade ao time e que os próprios atletas não sabem exatamente quais são os titulares. Fora o cansaço que provoca esse bye bye Brasil que os cartolas inventaram.
Ah… alguém dirá, o Flamengo fez o placar e diminuiu o ritmo, tornando a partida extenuante de assistir, uma tortura, porque é começo de temporada e os músculos ainda estão rijos. Mas é fato que esse time e seu treinador – a Bélgica e a Croácia que o digam – não passam nenhuma confiança. Alias, como é possível rodar elenco para não cansar jogador se o ano mal começou e a própria diretoria já impõe um entra e sai formidável de hotéis e aviões?
E lá vamos nós mais uma vez com a pergunta que não quer calar. Qual é o planejamento a ser executado ao longo da maldita Copa América – 20 de junho a 14 de julho nas terras de Tio Sam – que levará um punhado de jogadores, brasileiros e estrangeiros ao longo das disputas do Brasileiro, Copa do Brasil e da Libertadores, e que poderá determinar o fracasso total do Flamengo em 2024?
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