Bruno Henrique tenta levar o Flamengo ao ataque
Bruno Henrique tenta levar o Flamengo ao ataque - Foto: Ricardo Moreira/Getty Images

A partida em São Paulo contra o Corinthians mostrou porque se diz aqui que o Flamengo encerrou o ano em setembro. Sem chance de brigar por nada. O time mostrava um bom futebol, nada de extraordinário, mas convincente, vencia por 1 a 0, com possibilidade de fazer o segundo. E recuou inexplicavelmente, diante de um adversário inferior, promovendo substituições desnecessárias, permitindo o empate, que em dado momento, no meio da segunda etapa, parecia inevitável. Como foi.

Curiosamente, voltou a buscar o jogo ofensivo, mas o desgaste, e peças como Luiz Araújo e Victor Hugo – o que é Victor Hugo? – levaram o Flamengo a perder dois pontos que mantém a equipe carioca longe do topo da tabela. A impressão – diria certeza – é a de que o passado recente está impregnado. E esse 1 a 1, no fim das contas ridículo, ainda é parte dele.

Bruno Henrique tenta levar o Flamengo ao ataque Foto: Ricardo Moreira/Getty Images

Flamengo-2023

Pois lá vamos nós: não é necessário redigir muitos parágrafos para explicar o fracasso retumbante do Flamengo em 2023. Basta dizer que o clube conseguiu a façanha de perder Taça Guanabara, Estadual, Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana, Mundial, Brasileiro, Libertadores e Copa do Brasil. Não ganhou – leiam bem – nem a Taça Guanabara. Vitor Pereira e Jorge Sampaoli foram embora. Infelizmente, a passagem da dupla não cairá no esquecimento, pois a herança de fracassos e humilhações ficará registrada para sempre na memória do futebol rubro-negro. Mas vamos reforçar que a biografia dos dirigentes que foram buscá-los também está manchada para a eternidade. E que eles – como dito – prosseguem na atividade.

Os erros do Rubro-Negro

O Corinthians fingiu que poderia impor seu jogo, pois estava em casa, mas em menos de 10 minutos já perdera o controle, permitindo que o Flamengo tocasse a bola, e rondasse a área paulista. O problema é que o time carioca cometia dois equívocos: errava o último passe ou finalizava sem perigo. Cássio fez pelo menos quatro defesas sem dificuldade. Sim, como no segundo semestre de 2022, o Rubro-Negro voltou a utilizar a superioridade técnica, mas, a exemplo do que ocorreu em várias ocasiões, antes dos horrores perpetrados por Vitor Pereira e Jorge Sampaoli, também não transformava isso em gols. O Corinthians, sofrendo a habitual limitação, praticamente não ameaçou. E houve, por parte do Flamengo, a velha preciosidade, que manteve o 0 a 0 no placar.

Inevitável empate

A equipe da casa voltou para a etapa derradeira sem Renato Augusto, tentando, no entanto, arriscar um pouco mais, até por necessidade. E o Flamengo continuou no padrão anterior ao intervalo, até que Gérson resolveu bater de fora da área, aos oito minutos, ao perceber o goleiro adiantado: 1 a 0. O gol provocou um punhado de substituições, de ambos os lados, e a partida permaneceu indefinida, pois o Rubro-Negro recuou estrategicamente, para decidir nos contra-ataques, na realidade um equívoco. Apesar da mediocridade, o Corinthians ampliou o volume de jogo e despertou o apoio da torcida, chamando o empate. Que veio aos 34 minutos, com Fábio Santos, cobrando pênalti – mão de Léo Pereira: 1 a 1.
Daí, como dito, o Flamengo, com Arrascaeta fora de forma, e reservas sem qualidade, esbarrou na retaguarda adversária, que mesmo em Itaquera obteve um bom resultado. Que 2023 termine logo. E que venha um 2024 um pouquinho melhor. A propósito, é impossível que uma temporada sem Vitor Pereira e Jorge Sampaoli, dois gênios do futebol, Rinus Michels da modernidade, possa ser pior.
Agora, francamente, o que é Victor Hugo?

Por: Roberto Assaf

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