Não seria o resultado de 8 a 2, em dia excepcional, diante de um Maringá, inexpressivo no cenário nacional, que resgataria o Flamengo vencedor dos tempos pré-Vitor Pereira, o pior técnico em 11 anos de história de seu futebol. A derrota de 3 a 2 para o Botafogo foi apenas mais uma das várias que ocorrerão até a saída de Jorge Sampaoli. Provavelmente ali pela metade do Brasileiro.
O Flamengo, já comentado aqui, precisa de um comandante que tenha alguma intimidade com o clube. Que faça a equipe praticar um jogo simples no conceito, mas que saiba efetivamente utilizar os talentos que ainda tem. Mas que que só deverá acontecer quando o próprio entrenador porteño não suportar mais a pressão. O Flamengo não é candidato ao título. Apenas concorrente para chegar na metade da tabela, o que já será lucro, caso a diretoria, que se julga dona do clube, não perceba isso em tempo hábil.
Flamengo mal escalado
O Flamengo não fez um primeiro tempo ruim. Mas é eventualmente mal escalado. E não é um time decisivo. Troca muitos passes sem objetividade, esbarra com sequência na retaguarda. E é sempre vulnerável aos contra-ataques do adversário. Ainda pagou pela inexperiência de Wesley, que cometeu pênalti desnecessário sobre Vitor Sá, cobrado com eficiência por Tiquinho Soares aos 29 minutos. Depois, tomou o segundo gol na cabeçada de Danilo Barbosa, após escanteio, o que sugeriu, pela enésima vez, a validade de jogar com três zagueiros. É fato, também, que o Botafogo fez uma etapa inicial correta.
Na fase derradeira, o Alvinegro decidiu recuar para segurar a vantagem. Rafael entrou de sola em Éverton Cebolinha, com maldade, recebendo cartão vermelho, e Luiz Castro, mais um gênio importado do país colonizador, deu chilique suficiente para ser igualmente expulso. Deixou seu time inferior, sob todos os aspectos.
E Sampa, o andarilho de Rosario, lançou enfim Éverton Ribeiro, forçando o jogo, descontando com Léo Pereira, aos 13. No entanto, como dito anteriormente, o Flamengo voltou a falhar, ao desperdiçar oportunidades, e pior, ao impedir os contra-ataques, tomando outro gol de Tiquinho Soares, aos 25: 3 a 1.
E aí, Sampa?
Sampa – não é assim que se fala agora? – manteve três zagueiros e lançou Marinho de lateral – o mesmo que reinventar a roda – e o Rubro-Negro não soube aproveitar a postura defensiva do time de General Severiano. É fato que o terceiro gol praticamente garantiu a vitória, nem tão surpreendente, quando se conhece o momento tumultuado em que vive o Rubro-Negro, que entregou cinco títulos em três meses.
Na próxima rodada, o Flamengo sofrerá novamente, contra o Atlético Paranaense em Curitiba, palco de horrores, ambiente excessivamente hostil, e começará a freqüentar a zona de rebaixamento do Brasileiro, o que poderá ser uma luz no fim do túnel, caso os cartolas rubro-negros tenham um mínimo de percepção do assunto futebol.
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