Gerson ficou indignado quando, logo após o primeiro gol do Bahia, o colombiano Ramírez o chamou de negro. O Flamenguista se sentiu ofendido. Reclamou com a arbitragem, com Ramírez e com o treinador do Bahia, Mano Menezes. Ficou quase fora de si. E foi exatamente nos minutos seguintes que o Flamengo, atordoado, levou dois gols de Gilberto. O Bahia fazia 3 a 2. Após os 20 da etapa final, Gerson acabou com o jogo, criando as melhores jogadas do Flamengo e sendo determinante para a vitória. No fim da partida, ao receber o prêmio de melhor em campo, o apoiador relatou:
![](http://jogada10.com.br/wp-content/uploads/2020/12/50741931892_22b40c6566_c-1.jpg)
” “Tenho vários jogos pelo profissional e nunca vim na imprensa falar nada porque nunca tinha sofrido preconceito, nem sido vítima nenhuma vez. O Ramirez, quando tomamos acho que o segundo gol, o Bruno fingiu que ia chutar a bola e ele reclamou com o Bruno. Eu fui falar com ele e ele falou bem assim para mim: ‘Cala a boca, negro’. Eu nunca falei nada disso, porque nunca sofri. Mas isso aí eu não aceito”, disse ao canal Premiére, após o jogo.
Sobre a rusga com Mano Menezes, Gerson foi incisivo.
“O Mano até falou ‘Ah, agora você é vítima, não é? O Daniel Alves te atropelou e você não falou nada’. Claro, porque teve respeito entre eu e ele. Eu nunca falei de treinador, mas o Mano tem que saber respeitar. Estou vindo falar aqui por mim e por todos os negros do Brasil”, desabafou Gerson.
Em seguida Gerson falou para o treinador do Bahia a injúria racial que tinha ocorrido e obteve a seguinte resposta de Mano Menezes (que foi pega pelos microfones da imprensa):
“Ele é um guri, vai aprender. E se for isso, é grave”.
Comentários