De volta à Libertadores depois de oito anos, o Fluminense tem agora o relógio como seu maior inimigo. Faltando menos de um mês para o sorteio dos grupos, o clube ainda não conseguiu fechar com os desejados reforços, o que deixa a torcida, de certa maneira, ansiosa. Desde o fim da temporada 2020, o clube só anunciou a chegada de dois jogadores: o lateral-direito Samuel Xavier, ex-Ceará, e o volante Wellington, ex-Athletico-PR. De resto, apenas sondagens e ofertas.

A diretoria já manifestou publicamente a intenção de buscar jogadores para o setor ofensivo e que o mercado sul-americano estava sendo observado atentamente. O meia-atacante argentino Benítez, que defendeu o Vasco no Brasileiro, chegou a ser oferecido pelos seus empresários, mas foi rejeitado imediatamente por causa dos altos valores envolvidos. Já o colombiano Índio Ramírez, do Bahia, chegou a entrar no radar da diretoria. Mas o Fluminense só faria uma proposta caso o clube baiano fosse rebaixado para a Série B, o que não ocorreu.

Róger Guedes, que tenta rescindir seu contrato com o Shandong Luneng, da China, foi oferecido por seus empresários, mas as negociações não foram abertas. A diretoria fechou as portas de vez para o jogador depois de saber que seus representantes apresentaram a mesma oferta a outros clubes, inclusive o Flamengo. Já o meia William Bigode, do Palmeiras, foi sondado pela diretoria, mas as conversas estão em compasso de espera, já que os paulistas ofereceram uma renovação de contrato.

Curiosamente, a negociação que mais se aproxima de um desfecho favorável é a do zagueiro David Duarte, do Goiás. O jogador já disse que gostaria de vestir a camisa do Fluminense na próxima temporada e seu empresário, Eduardo Uram, tem boa relação com a diretoria tricolor. O Goiás pede R$ 10,4 milhões pelos direitos econômicos pelo atleta, um valor considerado alto pelo Fluminense. Uma saída seria a compra de parte dos direitos, divididos entre o clube e o empresário.

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