Fluminense divulga prestação de contas da gestão Mário Bittencourt

O Fluminense divulgou no último domingo, em seu site oficial, o que chamou de “prestação de contas da gestão Mário Bittencourt”. Nesse sentido, o Tricolor publicou um relatório de 33 páginas com números e feitos da atual administração. No dia 19 do próximo mês, haverá eleições para definir o novo presidente do clube, para mais um triênio (2023-2025).

Nas primeiras páginas, o documento explica os valores pagos em dívidas do passado, em um total de R$ 290,5 milhões. Além disso, atribui um destaque para a obtenção das CDNs, que o clube não tinha desde 2017, assim como a as melhorias no CT Carlos Castilho, Xerém e Laranjeiras.  Outros pontos levantados são a evolução dos resultados do time e o aumento de público nos jogos; os recorde do programa sócio-torcedores e o licenciamentos e royalties (% da venda de cada produto oficial que vai para o clube).

Por outro lado, em momento algum o documento oficial exibe dados sobre compras e vendas de jogadores no período. Algo que chamou a atenção, visto que o balanço é praticamente do triênio em que Mário está à frente, como mandatário do clube carioca.

“Após três anos e meio de um processo de reconstrução do Fluminense Football Club, é hora da prestação de contas. Nas páginas a seguir, constam as principais realizações da atual gestão, pautada pelos pilares de credibilidade, estabilidade e austeridade. O Fluminense trabalhou com responsabilidade para vencer os obstáculos trazidos pela maior crise sanitária que a humanidade já viu. Superar esses desafios na situação financeira em que o clube se encontrava foi árduo. Mas o que se verá a seguir mostra que o esforço de toda a equipe valeu a pena”,  diz o documento.

Melhorias financeis e estruturais 

De acordo com os dados apresentados, o Fluminense diz que utilizou aproximadamente 34% de tudo o que faturou nos últimos três anos para o pagamento de dívidas do passado. Com isso, R$ 290,5 milhões, foram R$ 12,4 milhões em 13º e salários da gestão anterior; R$ 40,9 milhões de empréstimos; R$ 66,1 milhões em dívidas trabalhistas (somando Ato Trabalhista e acordos judiciais e extrajudiciais); R$ 82,9 milhões em dívidas tributárias e previdenciárias (incluindo Profut, acordos fiscais e outros tipos de parcelamentos); e R$ 88,1 milhões em dívidas cíveis.

Em outro momento, o relatório cita que o time teve melhoras expressivas em campo e um aumento da média de público comparado aos anos anteriores. Os números apresentados foram de 13.343 de média em 2018, que subiram para 21.803 em 2019 e para 32.404 em 2022 (2020 e 2021 não entraram no relatório por terem sido anos praticamente inteiros com estádios fechados em função da pandemia da Covid-19).

Aumento dos sócioes e comportamento na pandemia

Dessa forma, sobre o programa de sócio-torcedor, o clube mostrou um crescimento de 500%: de 11.572 sócios em junho de 2019 para 61.869 em outubro de 2022. Sendo assim o Tricolor também citou que pulou de 41 para 67 parceiros comerciais, passando a ter um catálogo de mais de 4.800 produtos.

No mercado varejista, o clube diz ter inaugurado 20 novas lojas nos últimos três anos e tem hoje 24 pontos de venda, entre pontos físicos e e-commerce. Os royalties das lojas oficiais cresceram 29 vezes, e dos produtos oficiais, 10 vezes (não foram apresentados valores dos lucros), segundo o relatório.

Por fim, o documento cita melhorias na estrutura do CT Carlos Castilho, na qual ” herdou uma obra inacabada”.  Além da evolução, em Xerém com a homologação do campo principal pela CBF, com reforma dos vestiários e instalação de torres de transmissão de TV. Nas Laranjeiras, é destacada a redução de 62% nos custos de luz e 65% nos de água após reformas gerais. O balanço finaliza frisando que o Fluminense “foi um dos únicos do Brasil a não demitir funcionários” durante a pandemia da Covid-19.

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