O Fluminense emitiu um comunicado, nesta quinta-feira (27), desprezando as atitudes racistas do dono da marca de roupas Reserva, Rony Meisler. Havia uma parceria entre a grife, mas que chegou ao fim a pedido do Tricolor após a revelação das acusações de preconceito ao empresário.

Aliás, o Fluminense já até retirou do seu site as peças que surgiram da collab entre as partes. Por sinal, ambos estavam negociando a assinatura de um vínculo para a criação de uma coleção entre o time das Laranjeiras e a Reserva. No entanto, houve o cancelamento das tratativas. A grife já possuía este tipo de parceria com outros clubes.

Entenda o caso

Torcedor do Vasco, Rony Meisler, criticou as declarações do presidente do Fluminense, Mário Bittencourt. No caso, as falas do mandatário a respeito de suas opiniões com relação ao interesse do Cruz-Maltino em atuar no Maracanã.

Posicionamento do dono da Reserva sobre as declarações do presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, com relação a movimentação do Vasco para atuar no Maracanã
Posicionamento do dono da Reserva sobre as declarações do presidente Mário Bittencourt – Reprodução Instagram

Em um trecho do seu posicionamento, o dono da Reserva faz uma alegação incorreta: ‘O Fluminense poderia jogar em seu estádio nas Laranjeiras, onde há menos de um século eles mandavam pessoas pretas passar pó de arroz para jogar futebol’.

Confira a nota do Fluminense a respeito do caso

O Fluminense FC repudia o ataque covarde do fundador da grife de roupas Reserva, Rony Meisler, à história do clube, por meio da acusação da prática de racismo no passado, ecoando absurdas afirmações há muito reconhecidas como mentirosas.

Circulam corriqueiramente em redes sociais versões falsas que indevidamente apontam o racismo institucional. Supostamente praticado pelo clube no início do século XX como origem do apelido “pó-de-arroz”, originariamente adotado por torcedores rivais como forma de provocar a torcida tricolor e seu ex-jogador NEGRO Carlos Alberto. Ele tinha como hábito usar pó branco no rosto após fazer a barba já na época em que atuava no América. O efeito foi inverso e os tricolores DE TODAS AS CORES abraçaram o apelido.E fizeram do pó-de-arroz um dos símbolos da sua torcida até os diais atuais.

O Fluminense FC adotará as medidas legais cabíveis. E destinará a entidades dedicadas ao combate ao racismo toda indenização recebida em decorrência de ações judiciais movidas contra aqueles que espalham notícias comprovadamente falsas a respeito de um tema tão sensível. SOBRETUDO PARA OS NOSSOS TORCEDORES NEGROS e que jamais deveria ser usado sob um pretexto tão banal quanto a provocação clubista.

Diante desse comportamento inaceitável, o clube também está cancelando qualquer relacionamento com a referida empresa. Entende que este senhor e a grife que fundou não são dignos de ter sua marca associada ao clube.

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