Um dos favoritos ao título da Libertadores, o River desembarca nesta quarta-feira (21) no Rio de Janeiro para enfrentar o Fluminense na estreia na Libertadores. Com três desfalques no time (Carrascal e Rojas, ambos suspensos, e Pinola, que se recupera de uma fratura no braço), o River parece não ter medo dos tricolores, mas da pandemia que está fora de controle no Brasil

“Visitar o Fluminense no mítico Maracanã pela Copa Libertadores é uma missão complicada para qualquer equipe, mas ao futebol devemos somar o medo causado por jogar em um estado que sofre um colapso sanitário e onde se desenvolveu uma das variantes da Covid-19”, escreve o jornalista Hector Salerno em seu artigo no jornal argentino ‘Olé’.

Um funcionário do Maracanã borrifa água sanitária no banco de reservas do estádio – Carl de Souza / AFP

“A segunda onda transformou o Brasil no país das Américas com a maior taxa de mortalidade por coronavírus, com 176 mortes por 100 mil habitantes. Além disso, é o terceiro com maior número de casos: 14 milhões, atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia. Enquanto São Paulo e Minas Gerais são as áreas mais afetadas pela pandemia, no Rio a situação é mais preocupante”, completa.

River Plate adota medidas severas. Banho? Só no hotel

O medo de se expor ao coronavírus no atual panorama do Brasil é óbvio, mas encontra um explicação muito mais plausível quando se trata do River Plate, que segue restrições rígidas para evitar o contágio. Desde o início da pandemia, o clube foi o que menos registrou casos entre seus atletas. Apenas cinco jogadores foram infectados: Milton Casco, Rafael Santos Borré, Enzo Pérez, Jorge Carrascal e Jorge Moreira.

Em viagens internacionais, o River segue um protocolo severo. No avião, as filas são ocupadas apenas por um jogador e nos hotéis os membros da delegação ocupam ​​quartos individuais. Na hora das refeições, apenas quatro pessoas ocupam uma mesma mesa e nem todas se alimentam ao mesmo tempo, para evitar aglomerações. Contra o Fluminense, o River sairá diretamente do campo para o ônibus e não serão concedidas entrevistas. O banho fica para o hotel. A delegação deve embarcar de volta para a Argentina na madrugada de sexta.

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