O Conselho Deliberativo do Fluminense vota nesta terça-feira (29), em reunião virtual, o orçamento do clube para 2021. A diretoria prevê, no próximo ano, um saldo positivo de R$ 2,9 milhões.

A tendência é que seja aprovado sem muitas dificuldades. Entretanto, o Conselho Fiscal, que deu aval positivo ao documento, fez algumas ressalvas em relação às projeções apresentadas, em especial em relação à venda de jogadores e à busca por patrocínios nos esportes olímpicos.

Treino do Fluminense - 22/06/2020
O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, aposta alto em venda de jogadores em 2021 – Lucas Merçon /Fluminense

Pelas contas da diretoria, o Fluminense pode ter receita líquida de R$ 282 milhões em 2021. Esse valor seria alcançado principalmente com negociações de jogadores e direitos de transmissão, ambos estimados em R$ 85,5 milhões.

Em relação às vendas, o Conselho Fiscal tricolor considera o valor muito otimista, levando-se em consideração o possível cenário de dificuldade financeira decorrente da pandemia de Covid-19.

Também há outros pontos que geram dúvida, como a arrecadação de quase R$ 30 milhões com patrocínios e outros R$ 19 milhões em bilheteria, sem previsão de retorno de público aos estádios. Já o programa de sócio-torcedor é estimado em R$ 11 milhões.

Resultados no campo modestos

Assim como em 2020, o Fluminense não aposta alto nos resultados das competições para seu orçamento. Afinal, essa é uma receita que depende muito do desempenho esportivo e, em caso de eliminação precoce, pode acarretar em menor arrecadação prevista. Por isso, pés no chão e conservadorismo para:  chegar à final do Carioca, à terceira fase da Copa Sul-Americana, às quartas da Copa do Brasil e em 10º lugar no Brasileirão.

Despesas

Previstas para ficarem na casa dos R$ 258 milhões (além de mais R$ 21 milhões em descontos de resultados financeiros), as despesas de 2021 têm como principal gasto os salários e os  encargos (R$ 161,6 milhões ao todo).

Além disso, são previstos investimentos em R$ 20 milhões, sendo R$ 11 milhões em infraestrutura do clube.

A maior preocupação está nos Esportes Olímpicos. Não pelo gasto em si, mas pelo resultado negativo de R$ 2,3 milhões no próximo ano. Ainda mais porque há previsão de arrecadação de R$ 6,7 milhões em patrocínios que dependem das Certidões Negativas de Débito (CND), as quais o Fluminense precisaria conseguir. Por isso,  o Conselho Fiscal também fez ressalva neste ponto da proposta.

Comentários