Praticamente classificado para a Libertadores e fazendo sua melhor campanha no Campeonato Brasileiro desde 2014, o Fluminense já começa a ajustar seu orçamento para a temporada 2021. E a diretoria, de maneira discreta, pensa em fazer um acordo para tentar uma rescisão contratual, de maneira amigável, com Paulo Henrique Ganso, contratado em 2019, ainda na gestão do presidente Pedro Abad. Caso isso se concretize, seria um alívio significativo na folha salarial tricolor. Os dirigentes tratam o assunto com muita cautela, pois o jogador ainda se recupera em casa de uma cirurgia de apendicite e não tem data para voltar aos treinos físicos.

Fluminense treina esta manhã no CT Carlos Castilho.
Ganso entrou em campo pela última vez no dia 16 de dezembro, contra o Atlético-GO – Lucas Merçon/Fluminense

Ganso foi contratado em fevereiro de 2019 e assinou por cinco anos, com seus ganhos aumentando a cada temporada. Iniciou com salário de R$ 300 mil e atualmente está em R$ 400 mil. Mas em março está previsto outro reajuste. Caso o contrato seja cumprido até o fim, o Fluminense pagará, ao todo, aproximadamente R$ 22 milhões ao jogador. O Fluminense tem ainda 50% dos direitos econômicos, mas sem propostas, a diretoria pensa que a melhor solução seria a rescisão para abater uma parte do prejuízo de um investimento que não teve o retorno esperado.

Propostas de clubes asiáticos foram ignoradas

Antes do início do Brasileiro, Ganso recebeu propostas do futebol da China e de países árabes, mas ele comunicou ao seu empresário, Giuseppe Dioguardi, que não gostaria de atuar no futebol asiático e as conversas não foram adiante. Durante o Brasileiro, o Fortaleza manifestou interesse em contratá-lo, mas não houve uma proposta concreta.

Ao lado de Fred, Ganso tem o maior salário do elenco, mas os números não justificam o alto valor. Neste Campeonato Brasileiro, Ganso participou de 18 partidas, mas foi titular em apenas três, computando 561 minutos em campo. E só marcou um gol, na vitória de 4 a 0 sobre o Coritiba, no dia 28 de setembro. Ele não é utilizado desde o confronto com o Atlético-GO, no dia 16 de dezembro. Para piorar a situação, ele teve de ser submetido às pressas a uma cirurgia de apendicite no início do ano, que o deixou fora dos últimos seis jogos (Bahia, Goiás, Botafogo, Coritiba, Sport e Corinthians).

Clube espera contar com premiações generosas

Com o bom desempenho no Brasileiro, o Fluminense tenta equilibrar ao máximo suas finanças. Caso terminasse o campeonato na atual colocação (5º lugar), receberia uma premiação de R$ 26,4 milhões da CBF. Automaticamente, estaria classificado para a segunda fase preliminar da Libertadores, que já lhe garante 500 mil dólares (aproximadamente R$ 2,8 milhões). Se alcançar a terceira fase, receberá mais 550 mil dólares (R$ 3,3 milhões) e, caso alcance a fase de grupos, mais 3 milhões de dólares (R$ 17,5 milhões).

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