O jogo entre Junior Barranquilla e Fluminense, programado para esta quinta-feira (6), às 19h (de Brasília), no Estádio Romelio Martínez, pela terceira rodada da Libertadores, está ameaçado de não ser realizado. Em um nota oficial publicada em suas redes sociais e encaminhada à Federação Colombiana de Futebol (FCF), a organizada Frente Rojiblanco Sur 1998, a principal do Junior Barranquilla, solicitou a suspensão ou adiamento da partida em razão do agravamento da pandemia em território colombiano e por causa das manifestações contra o governo que tomam conta de todo o país.

No comunicado, a organizada faz uma ameaça grave e indica que, se a partida não for suspensa ou adiada, os torcedores prometem ir às ruas para não permitir o deslocamento dos ônibus dos jogadores, dos dois times, para o estádio.

Comunicado emitido pela organizada do Junior Barranquilla – Reprodução

“Temos plena convicção de que a situação atual do país não é das melhores. Fazemo-lo como um apelo ao protesto perante um governo criminoso e fascista que, através das forças letais do Estado, tortura, mata e faz desaparecer milhares de jovens que saem para protestar pelos seus direitos constitucionais ”, informa um trecho do documento.

Apesar do clima na Colômbia, o Fluminense manteve sua programação para o jogo. Os jogadores treinaram na manhã desta terça-feira no CT Carlos Castilho e a delegação embarca rumo a Barranquilla nesta tarde. A Conmebol ainda não se manifestou sobre o caso.

Populares fazem uma vigília nas ruas de Cali durante os protestos na Colômbia – Luis Robayo/AFPProtestos violentos: 19 mortos

Os protestos na Colômbia ocorrem depois que o governo aprovou uma reforma tributária. Como resposta, houve uma greve geral que foi aderida pela maioria dos setores. Até a manhã desta terça-feira, 19 pessoas haviam morrido e mais de 800 ficaram feridas em conflito com a polícia. Em Barranquilla, local do jogo do Fluminense, foi registrada uma morte e mais de 100 pessoas detidas.

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