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São Paulo e Botafogo travaram duelo equilibrado no Morumbis - Foto; Vitor Silva/Botafogo

São Paulo e Botafogo jogaram como se não houvesse amanhã para decidirem uma vaga para a semifinal da Libertadores. Mas, se, por um lado, não chegou a ser um espetáculo de primeiro mundo no Morumbis, por outro não faltou emoção. No fim do tempo normal, 1 a 1. Como na ida, os times empataram sem gols no Nilton Santos, a decisão foi para a disputa de pênaltis. Melhor para os cariocas, que venceram por 5 a 4.

Com o resultado diante de mais de 60 mil torcedores, o Alvinegro alcança seu objetivo e avança para a semifinal do torneio continental após 51 anos. A última vez, portanto, que o Glorioso esteve nas semifinais foi em 1973. Já o Tricolor Paulista passa a focar na disputa do Campeonato Brasileiro.

Almada, sim; Lucas, não

Os jogadores entraram motivados para se dedicarem por completo em busca da classificação. O Botafogo, com um time melhor, conta com mais atletas que podem definir um jogo a qualquer momento pela qualidade técnica individual como Luiz Henrique, Almada e Savarino. Este, último, aliás, mostrou rapidez para roubar a bola de Luiz Gustavo, tabelar com Igor Jesus e cruzar para desvio de Rafael para o meio da área. Almada, bem posicionado na pequena área, aproveitou o rebote e cabeceou para a rede, aos 14 minutos.

O Glorioso, aliás, pressionou na saída de bola são-paulina, fez trocas ágeis de passes e envolveu o adversário. Além disso, teve um treinador que conseguiu armar um esquema consistente, equilibrado, com um jogo intenso e agressivo. O São Paulo, por outro lado, entrou numa oscilação de rendimento, limitando-se às enfiadas longas de bola em direção à Calleri. Assim, o treinador se viu obrigado a mexer na etapa inicial, colocando Luciano no lugar de Willian Gomes.

Houve discreta melhora, o suficiente para o Tricolor conseguir um pênalti após cabeceio de Lucas e toque da bola no braço de Bastos, em lance que precisou de revisão do VAR. Mas o camisa 7 jogou um balde d’água fria nos tricolores ao desperdiçar, aos 49 minutos, a cobrança. A bola, aliás, resvalou no travessão e foi para fora.

Tocou para o Calleri… gol!

Na volta do intervalo, a força da torcida são-paulina, que mais uma vez mostrou grande conexão com a Libertadores e lotou o Morumbis, parecia ser o 12º jogador. O time da casa foi para cima, trocando passes desde campo de defesa até achar espaços para ameaçar o Botafogo. Assim, chegou merecidamente ao gol de empate. Aos 41 minutos, André Silva avançou com liberdade pelo lado esquerdo e cruzou certeiro para Calleri, que subiu de cabeça, sem dar chances para John. Nos minutos finais, uma confusão entre Marçal, Luis Zubeldia e Rafinha acabou por envolver outros jogadores. O lateral-direito tricolor e o goleiro reserva alvinegro, Gatito Fernández, aliás, foram expulsos.

Pênaltis

Luiz Gustavo, Lucas Moura, Igor Vinícius e Luciano marcaram para o São Paulo. Mas Calleri e Rodrigo Nestor desperdiçaram, resultando na eliminação tricolor.

Tchê Tchê, Danilo Barboza, Marçal, Almada e Matheus Martins anotaram para o Botafogo. Vitinho perdeu para os cariocas.

Próximos jogos 

Pelo Brasileirão, o Botafogo enfrenta, como mandante, o Grêmio no sábado (28). O jogo será no Mané Garrincha, em Brasília, às 21h. No mesmo estádio, já no dia seguinte, o São Paulo faz o clássico contra o Corinthians às 16h.

SÃO PAULO 1(4)×(5)1 BOTAFOGO

LIBERTADORES-2024 – Jogo de volta das quartas de final
Data: 25/9/2024 (quarta-feira)
Local: Estádio do Morumbis, São Paulo (SP)
Público e Renda: 61.329 / R$ 7.792.604,00
Gols: Almada, 14’/1ºT (0-1); Calleri, 41’/2ºT (1-1)
SÃO PAULO: Rafael; Rafinha (Igor Vinícius, 29’/2ºT), Arboleda, Alan Franco e Welington (Michel Araújo, 37’/2ºT); Luiz Gustavo e Bobadilla (Rodrigo Nestor, 29’/2ºT); Wellington Rato (André Silva, 37’/2ºT), Lucas e William Gomes (Luciano, 35’/1ºT); Calleri. Técnico: Luis Zubeldía.
BOTAFOGO: John, Vitinho, Bastos, Barboza (Adryelson, 14’/2ºT) e Alex Telles (Marçal, 37’/2ºT); Gregore (Danilo Barbosa, 37’/2ºT), Marlon Freitas e Almada; Luiz Henrique (Matheus Martins, 24’/2ºT), Savarino (Tchê Tchê, 24’/2ºT) e Igor Jesus. Técnico: Artur Jorge
Árbitro: Dario Herrera (ARG)
Assistentes: Ezequiel Brailosky (ARG) e Cristian Navarro (ARG)
VAR: Mauro Vigliano (ARG)
Cartões Amarelos: Bobadilla, Rodrigo Nestor, Welington, Igor Vinícius (SPA); John, Barboza, Marçal (BOT)
Cartões Vermelhos:
Rafinha, 47’/2ºT (SPA); Gatito Fernández, 48’/2ºT (BOT)

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