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O Flamengo fez três gols graças ao cochilo repentino e formidável do Fortaleza dos 60 aos 66 minutos. E o adversário nenhum. Três a zero.

Não, não está tudo bem. Os jogos do Flamengo no Brasileiro serão assim até o fim do campeonato. O Rubro-Negro com muitos reservas e um futebol suficiente apenas para sustentar, quando possível, resultados que teoricamente não comprometem, e do outro lado um time que mostra às vezes receio inexplicável pelo passado recente do adversário.

Michael fez dois gols no jogo contra o Fortaleza – Alexandre Vidal / Flamengo

Hoje, dada a pouca importância das partidas, e as ausências, propositadas ou não, já não é possível ter sequer a certeza da eficiência da equipe titular, pois há uma grande distância da realidade, pelo absurdo das Eliminatórias, que provocam os desfalques, e o comportamento de Renato Gaúcho, que jogou irresponsavelmente a conquista de um tri brasileiro no lixo, para projetar títulos que serão disputados no futuro.

A propósito, o primeiro tempo no Castelão foi de lascar, com dois times sem qualquer criatividade, que deixavam as defesas tranqüilas e os ataques distantes da bola. De útil, apenas, o cartão amarelo que deixará Vitinho fora do próximo compromisso. Serão 110 minutos, mais os acréscimos, sem o gênio. O perigo é que ele poderá dar a vaga a Kennedy.

O Fortaleza é uma equipe bem armada, nada além, que procura sempre jogar da maneira mais correta sob o aspecto tático, com paciência suficiente para aproveitar os dias ruins dos adversários, a maioria esmagadora de nível inferior, e o Flamengo, outrora arrasador, é agora um adversário que vai levando o jogo, como dito, para ver o que acontece.
O decantado técnico do Fortaleza, Juan Vojvoda, percebendo que poderia vencer, promoveu trocas, o que mostra que não estava conformado, mas decidiu fazê-lo antes de um escanteio contrário, o que deixou o time momentaneamente desarrumado, o suficiente para tomar o primeiro gol. Daí em diante, desarvorado, levou outros dois, ambos de Michael. Pouco depois, Ronald agrediu Rodrigo Caio e foi expulso. É impressionante como é possível entregar um jogo equilibrado em seis minutos. Sim, o Fortaleza é que perdeu, e não o Flamengo que ganhou, pois os erros do time cearense foram absolutamente flagrantes.

No que restou, o que se percebeu apenas, graças à substituição, é que Andreas Pereira estava em campo, e que ele não está só, pois há Bruno Viana, Gomes, Lázaro, enfim… Se você torce pelo Flamengo reze, não importa a crença, para que Arrascaeta e os demais titulares, todos excelentes jogadores, estejam em campo nos jogos que vão valer de fato, pois se essa turma entrar em ação na Hora H, só os deuses do futebol poderão salvar a pátria.

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*As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do site Jogada10

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