A eleição de Rogério Caboclo para a presidência da CBF está anulada. A decisão ocorreu nesta segunda-feira (26) por meio do juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, que considerou irregular a mudança da forma de votação sem a anuência dos clubes. Na mesma decisão, o juiz nomeou como interventores da entidade durante 30 dias os presidente da federação paulista de futebol, Reinaldo Carneiro Barros, e o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim. Neste período, os dois deverão promover de convocar novas eleições. Vale citar que esta foi uma decisão de juiz de primeira instância e cabe recurso.

Rogério Caboclo é afastado por 60 dias e fala em golpe na CBF

Rogerio Caboclo teve a eleição que o colocou na CBF em 2018 anulada pela Justiça do Rio – Mauro Pimentel/ AFP

Olinto Filho disse ter colocado como interventores um representante que é o mandatário da principal federação do país e o presidente do clube  com expressiva torcida.  Vale citar que o atual presidente, Coronel Nunes, e todos os vices seguem no cargo.

“Acolhe-se o pedido de destituição daqueles que foram eleitos no pleito decorrente da modificação estatutária que se entende nula, contudo …  evitando-se uma situação de grave risco de dano e insegurança, mantém-se provisoriamente os atuais dirigentes até que se consagrem os novos eleitos, evitando-se vacância, descontinuidade e seríssimos problemas administrativos, além de severos ônus aos interventores” escreveu o juiz Mario Cunha Olinto Filho em seu despacho.

O imbróglio ocorreu em relação ao sistema de votação. A CBF definiu que a partir da eleição de 2018 haveria peso nos votos: as 27 federações estaduais teriam peso 3; os 20 clubes da Série A passariam a ter peso 2; e os 20 clubes da Série B, peso 1. Isso gerou descontentamento entre os clubes, que não foram escutados para a mudança do estatuto. Por causa disso,  o Ministério Público Estadual (MP-RJ), que contestou a Assembleia Geral da CBF que mudou as regras, entrou com um pedido na Justiça. Isso ocorreu em 2017, logo após a mudança estatutária. Desde então, o processo seguia parado.

A CBF, que até às 17h não havia  sido informada da decisão em primeira instância, informou que vai recorrer.  A entidade considera que a proposta foi acatada em 2017 e a eleição, agora anulada,  foi realizada depois desta decisão, em 2018, e, logo, legal.

Flamengo  e FPF se manifestam por meio de rede social

Em uma nota publicada nas redes sociais, Flamengo e Federação Paulista de Futebol informaram que seus representantes vão ainda analisar a situação em conjunto com demais clubes da Série A e federações estaduais para determinar os próximos passos.

“Os presidentes da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, e do Clube de Regatas do Flamengo, Rodolfo Landim, informam que analisarão em conjunto com federações, clubes e advogados a decisão da Justiça do Rio de Janeiro que os nomeiam interventores da Confederação Brasileira de Futebol. Tão logo tomem uma decisão, os presidentes da FPF e do Flamengo se manifestarão publicamente”, informa a nota.

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