A ideia da Fifa de realizar a Copa do Mundo a cada dois anos deve gerar muito debate nos próximos meses. O plano da entidade máxima do futebol não foi bem recebido por clubes e ligas de todo o mundo, e os representantes já buscam meios de vetá-la. Na próxima semana, será realizado o fórum mundial das principais ligas, e deve ser apresentado um relatório feito pelas consultorias KPMG e Delta Partners em que mostra um prejuízo financeiro.

A Fifa argumenta que haverá uma melhora técnica no futebol com a realização da Copa do Mundo a cada dois anos. Por outro lado, os clubes e ligas argumentam que sofreriam um impacto financeiro, além de causar problemas nos calendários, no formato das ligas e colocar em risco a saúde dos atletas, que estão sofrendo com mais lesões nos últimos dois anos, em virtude das mudanças forçadas pela pandemia do novo coronavírus.

Copa do Mundo de 2022 será realizada no Qatar – Luis Vera/Getty Images

Segundo o estudo da KPMG e Delta Partners, a Copa do Mundo a cada dois anos deve resultar na perda de arrecadação de € 8 bilhões de euros (R$ 50 bilhões) para ligas e clubes por temporada. O principal motivo para o prejuízo financeiro seria uma possível diminuição da verba de direitos de transmissão, já que para acomodar mais jogos de seleções, os clubes precisariam reduzir os seus números de jogos. De acordo com o levantamento, a receita total de direitos de mídia cairia de € 14 bilhões (R$ 87 bilhões) para € 9 bilhões (R$ 56 bilhões).

Diminuir o número de jogos dos clubes por temporada também reduziria as receitas gerais por partidas. Sendo assim, o impacto seria de quase € 2,7 bilhões (R$ 17 milhões) a menos nos cofres dos clubes e ligas. Já os patrocínios cairiam cerca de € 2,2 bilhões (R$ 13,7 bilhões) por ano, com uma queda de 25% do valor atual. Por fim, as receitas em dias de jogos também seria 25% menor, com perdas de € 1,2 bilhão (R$ 7,5 bilhões).

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