Jorge Jesus, definitivamente, vive um calvário à frente do Benfica. Depois de ser eliminado ainda nas fases preliminares da Champions League, cair na Liga Europa e  ficar em terceiro colocado no Campeonato Português, ele viu neste domingo (23) seu time ser derrotado por 2 a 0 pelo Braga, no Estádio de Coimbra, na decisão da Taça de Portugal. Os gols foram marcados pelo brasileiro Lucas Piazon, aos 45 minutos do primeiro tempo, e por Ricardo Horta, aos 40 da etapa final. Com o resultado, aumenta a força nos bastidores pela saída do treinador, que deixou muito a desejar nesta temporada, já que o clube investiu apenas em contratações 100 milhões de euros (R$ 632 milhões).

Esgaio (E), do Braga, disputa a jogada com Weigl, do Benfica, na decisão da Taça de Portugal – Carlos Costa / AFP

No fim do jogo, Jorge Jesus adotou um discurso sereno e garantiu que não está preocupado com uma possível demissão. Ele lembrou que não costuma deixar os clubes sem ao menos conquistar um título.

“Tenho mais um ano de contrato e já estamos preparando a próxima temporada. Saí do Benfica a ganhar, saí do Flamengo a ganhar, não estou habituado a sair dos clubes a perder”, afirmou Jesus, que preferiu descarregar toda culpa do mau resultado na arbitragem.

Com a obrigação de vencer para tirar um pouco o peso de suas costas, Jorge Jesus viu que as coisas não iriam sair a seu jeito logo aos 17 minutos, quando o goleiro brasileiro Helton Leite, ex-Botafogo, fez falta fora da área e recebeu o cartão vermelho. Já com o placar em 2 a 0, nos descontos, uma briga generalizada, que envolveu jogadores e membros das comissões técnicas dos dois times, terminou com as expulsões de Taarabt, do Benfica, e Piazon, do Braga, além do preparador de goleiros do Braga.

Esta é a terceira vez que o Braga conquista a Taça de Portugal. Os bracarenses já haviam vencido a competição em 1966 e 2016.

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