O mundo do futebol sofreu um grande impacto na noite deste domingo (18). Por meio de uma nota oficial publicada nas redes sociais, 12 clubes (Arsenal, Atlético de Madrid, Barcelona, Chelsea, Inter de Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Milan, Real Madrid e Tottenham) anunciaram a criação da Superliga europeia, que substituiria a Liga dos Campeões, organizada pela Uefa. A entidade máxima do futebol europeu, inclusive, já anunciou que vai punir os clubes que aderirem ao movimento. Curiosamente, dois gigantes recusaram fazer parte do movimento: Bayern Munique e Paris Saint-Germain.

Imagem da logomarca da Superliga, fundada por 12 clubes europeus – Divulgação

A Superliga, que inclusive lançou seu site oficial juntamente com outros perfis em redes sociais, está prevista para começar em agosto. O formato da competição terá 20 clubes, sendo 15 deles fundadores, sem risco de rebaixamento ou exclusão, e outros cinco clubes de acordo com o desempenho nas ligas nacionais. Serão dois grupos de dez, cada, atuando em turno e returno com os três primeiros se classificando para as quartas de final. Os quartos e quintos colocados dos grupos fariam um playoff pelas outras duas vagas. A final seria nos mesmos moldes da Champions League, em campo neutro.

Florentino Pérez, presidente do Real Madrid e da Superliga – Oscar del  Pozo / AFP

“Vamos ajudar a levar o futebol ao seu devido lugar, o futebol é o único esporte mundial com mais de quatro bilhões de torcedores e nossa responsabilidade como grandes clubes é responder aos seus desejos”, disse Florentino Pérez, presidente do Real Madrid e da Superliga.

Uefa promete retaliações extremas, e Fifa repudia movimento

A Uefa, entidade máxima do futebol europeu, publicou um artigo do jornal americano ‘The New York Times’, ameaçando punir severamente os envolvidos e decretar penas drásticas, como proibir os jogadores destes clubes de disputarem competições pelas suas respectivas seleções e redução de pontos nos campeonatos locais. A Uefa informou ainda que tem o apoio irrestrito das principais ligas nacionais da Europa, como Inglaterra, Alemanha, Itália, Espanha, França e Portugal.

A Fifa emitiu um comunicado desaprovando a criação de uma liga fechada, completamente fora das estruturas do futebol.

“A Fifa quer esclarecer que está firmemente posicionada em favor da solidariedade no futebol e de um modelo de redistribuição justo. A Fifa sempre defende a unidade no futebol mundial e apela a todas as partes envolvidas nas discussões acaloradas a se engajarem em um diálogo calmo, construtivo e equilibrado para o bem deste jogo”, informa um trecho da nota.

*Mais informações em instantes

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