Os grandes clubes da Europa são a favor de uma nova Liga dos Campeões e precisarão negociar com a Uefa um acordo, como aconteceu na criação da Champions League, na década de 90. A ideia é promover uma Superliga. O novo torneio, no entanto, causará um impacto nos campeonatos nacionais, obrigados a buscar novos formatos ou reduzir o número de participantes. A mudança na principal competição do Velho Continente ocorreria a partir da temporada 2024-2025, com 36 times disputando dez partidas durante a fase de grupos, ao invés de 32 brigando em seis jornadas.

Uefa sorteia grupos da Champions League
‘Orelhuda’ é o sonho de consumo dos clubes europeus – Divulgação

Neste momento no qual o projeto começa a ser debatido e a possibilidade de aumento das receitas seduz os grandes clubes, a pauta é a redução das rodadas das ligas locais diante de um calendário inchado. Para deixá-lo ainda mais apertado, a Fifa não abre mão de realizar o Mundial com 24 clubes e três semanas de disputa. A ideia da entidade máxima do futebol era colocar o novo modelo em vigor a partir deste ano, mas a pandemia do novo coronavírus pode adiar os planos.

A Fifa e a Uefa defendem que os campeonatos nacionais tenham 18 participantes, algo que contraria a vontade de algumas ligas nacionais, como, por exemplo, a Espanha.

Recompensa questionada

Os gigantes do Velho Continente acreditam que são os responsáveis por dar visibilidade às ligas domésticas e às equipes menores. Mesmo com esta premissa, reclamam que não são justamente recompensados. Na Champions, o valor também está abaixo do que julgam correto: 110 milhões de euros (R$ 718 milhões) para quem levar a “Orelhuda” para casa.

 

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