A  invasão russa à Ucrânia, que começou nesta quarta-feira, vem causando preocupação aos cerca de 500 brasileiros que moram no país (o Itamaraty não tem um número preciso). Boa parte é de jogadores brasileiros (são 36 no total) acompanhados de seus familiares. Vários mandaram mensagens pelas redes sociais apelando por ajuda para sair do país. Um grupo está em um hotel em Kiev.

Embaixador Norton Rapestra fala uma coisa e o Itamaraty diz outra – Reprodução

Mas parece que as autoridades não estão se entendendo, ou não estão com um discurso único, o que apenas aumenta a tensão dos brasileiros que estão no país europeu. Prova disso ocorreu  nesta quinta-feira (24), quando o embaixador do Brasil na Ucrânia, Norton Rapestra, garantiu que enviou ao  Itamaraty um plano de retirada e restava apenas a divulgação da operação. Pouco depois o próprio órgão informou: ‘Não temos nada”.

Versão do Embaixador

O embaixador do Brasil na Ucrânia, Norton Rapestra, disse nesta quinta-feira, em entrevista à BBC, que encaminhara ao Itamaraty uma mensagem em que dá pormenores do plano de retirada dos brasileiros que estão na Ucrânia.

“Gravei um vídeo com os detalhes da operação. Nós vamos evacuar os brasileiros. Jogadores de futebol. Todos”, disse Rapestra, num discurso bem diferente do que ocorreu há uma semana em entrevista à GloboNews, quando ele afirmou que não havia motivo para se alarmar ou fugir do país.

Segundo o diplomata, o Itamaraty estaria fazendo a análise da situação e divulgaria as orientações para a retirada nas próximas horas, pois enviaria equipamentos e pessoas para a Ucrânia.

Versão do Itamaraty

Pouco depois, o secretário de Comunicação e Cultura do Ministério das Relações Exteriores, o embaixador Leonardo Gorgulho, afirmou para a GloboNews que o Brasil não tem um plano de resgate.

No meio da confusão…

Enquanto não há uma definição sobre o repatriamento, a ordem das autoridades a todos é que evitem transitar perto de instalações militares e estações de água, energia e internet, que seriam locais que, em caso de ataques, seriam os primeiros alvos. Em caso de acirramento e um confronto mais violento, com ataques aéreos, a ordem é se proteger principalmente nas estações de metrô, considerados os locais mais seguros.

Siga o Jogada10 nas redes sociais: TwitterInstagram e Facebook.

Comentários