Maior ídolo argentino de todos os tempos, Diego Maradona morreu na manhã desta quarta-feira (25), aos 60 anos. O craque sofreu uma parada cardiorrespiratória em sua casa, em Tigre, enquanto ainda se recuperava de uma cirurgia para drenar um hematoma na cabeça. O presidente da Argentina, Alberto Fernández, decretou luto oficial por três dias no país.

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O jornalista argentino Fede Bueno, da TyC, ao lado de Maradona na Clínica Olivos, em Buenos Aires. A última imagem que se tem registro do craque – Instagram/Reprodução

Minutos antes da notícia, a imprensa argentina relatava um grande número de ambulâncias nas proximidades da casa de Maradona. Em 30 de outubro, Maradona completou 60 anos, mas convivia com problemas de saúde, entre eles depressão e o vício em álcool. Três dias depois, foi internado às pressas, com anemia e desidratação.

Após série de exames, os médicos viram necessidade de uma cirurgia na cabeça  para drenar um hematoma subdural (localizado entre o crânio e o cérebro), realizada no dia 3. O procedimento foi considerado um sucesso. Entretanto, Maradona apresentou alguns problemas. Existia a possibilidade de que o craque fosse levado para um tratamento de reabilitação.

Mesmo assim, após mais de uma semana internado, Maradona recebeu alta do hospital em 11 de novembro. Segundo informações, ele só teria contato com a família e não tinha previsão de retornar ao comando do Gimnasia y Esgrima.

Problemas com álcool

Segundo pessoas próximas do jogador, em revelações à imprensa argentina, na semana que antecedeu seu aniversário, Maradona tomou uma medida acima do recomendado de sua medicação de antidepressivos e ingeriu muito álcool. O eterno camisa 10 da Argentina teve a carreira e a vida marcadas por problemas de dependência química.

Ídolo e deus argentino

O que tinha de polêmico Maradona compensava com muito futebol. Revelado pelo Argentino Juniors, o craque argentino teve passagens por Boca Juniors, Barcelona, Napoli, onde fez história, Sevilla e Newells Old Boys. Mas foi pela seleção da Argentina que Dieguito tornou-se praticamente um Deus entre os torcedores. Com atuação memorável, levou a Argentina à conquista da Copa do Mundo de 1986.

Pela Argentina, atuou em 91 jogos e disputou quatro Copas do Mundo (1982, 1986, 1990 e 1994). Em sua última, viveu um dos piores momentos de sua carreira ao ser pego no exame antidoping por Efedrina, ainda na primeira fase. Como já possuía outra punição por doping, de 1991 por uso de cocaína, Maradona acabou suspenso do futebol, mas cumpriu apenas um ano e ainda voltou à Argentina para defender o Newell’s Old Boys e o Boca Juniors, seu time de coração.

Maradona encerrou sua carreira em 1998, mas continuou sendo muito ativo e presença constante nos estádios. Maradona chegou a ser técnico da seleção e disputou a Copa do Mundo de 2010. Trabalhou no último ano como técnico do Gimnasia y Esgrima.

 

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