Betinho Marques

Galo respeita a competição e está perto do pote de ouro

O Atlético jogou, na tarde de domingo (24), o seu jogo do ano.

Diante de um debutante na Série A, qualquer um desavisado acreditaria que era simples anotar mais três pontos num confronto Galo x Cuiabá. Já dizia o poeta do Tu-tu-pá, o grande Compadre Washington:

“Sabe de nada, inocente”.

Logo no início, um gol de Nathan Silva, contra, foi o gás que o jogo precisava para ser intenso. Porém, em menos de 4 minutos o jogo já estava empatado.

O líder positivo

Logo na hora do gol o atleticano gritou: “vamos ganhar, Galôooooo”. A vibração do Mineirão em uma sintonia única se manifestou numa jogada esperta. Em ação pela esquerda, Arana com um passe preciso entre quatro defensores encontrou Keno que caprichosamente rolou a bola para Hulk, um dos artilheiros do Brasileirão com 11 gols, cumprimentar o barbante.

Mais que o gol, Hulk zerou o placar, resetou o jogo, apoiou Nathan como se dissesse de forma implícita, mentalmente ao zagueiro:

“Garoto, apaga tudo, o jogo começou agora, fica firme que precisamos de você”.

A partir daí, o Galo buscou a vitória e deu campo ao Cuiabá, para ter espaço para jogar, além disso, se permitiu a ter posse de bola pouco maior que o Dourado, exatamente para armar seus “botes”.

Porém, o time comandado por Jorginho sabia que não podia repetir de forma descuidada a ousadia do Fortaleza na quarta-feira anterior, tinha um time bem espaçado, como em blocos de escolas de samba, ou seja, sem buracos na pista.

Mas, no último lance do primeiro tempo, Arana, o melhor lateral-esquerdo do Brasil, quase sem espaço, fechado entre dois defensores do time do pantanal, achou um cruzamento perfeito que encontrou Jair que cabeceou dentro da baliza e desempatou a peleja.

No segundo tempo, o Atlético controlou as ações e teve chances para fazer o terceiro, mas de forma não afoita e muito equilibrada. O fim da partida acabou com uma vitória de uma equipe balanceada e que sabe ter a emoção afinada num contexto tênue de paixão que é estar no paraíso e ele ser tão perto do purgatório.

Contudo, apesar de um Atlético x Flamengo que se avizinha, o jogo do ano para o Galo foi no domingo, por um motivo básico – o Atlético respeitou a competição, a torcida (que levou o maior público da temporada ao Mineirão) e deu de forma subentendida o seguinte recado aos deuses do Brasileirão:

“Eu estou dando o meu máximo, eu não poupo torcida trabalhar para virar os jogos, não resguardo elenco e nem os pendurados, não deixo de brigar por lateral. Para mim o Cuiabá é o Bayern. Brasileirão, eu quero você, ai de ti se não houver reciprocidade”.

*As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do site Jogada10.

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Leo Pereira

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