São Paulo

Garotada do São Paulo cumpre missão no Uruguai em empate com sabor de derrota

O São Paulo voltou do Uruguai com um ponto na bagagem após empatar em 1 a 1 com o Rentistas, no Estádio Centenário, nesta quarta-feira, pela quarta rodada da fase de grupos da Libertadores. Resultado com sabor de derrota para os jogadores, os torcedores e o treinador Hernán Crespo, que disse, em entrevista coletiva, que a equipe merecia uma vitória em Montevidéu.

Rodrigo Nestor foi um dos destaques do São Paulo na partida contra o Rentistas pela Libertadores – Divulgação/CONMEBOL Libertadores

Na partida, o técnico argentino poupou titulares, focando nas quartas de final do Campeonato Paulista, e deu uma grande oportunidade para a vitoriosa geração de Cotia. A turma precisava de um jogo de nível de Libertadores para endurecer a  casca. A média dos titulares do Tricolor que estavam em campo em Montevidéu foi de 23,4 anos na competição mais importante do continente.

E a garotada se destacou, sob a tutela do jovem, mas experiente, Igor Gomes, que conseguiu articular e colocar no jogo os volantes Rodrigo Nestor e Talles Costa. Eles começaram muito presos no primeiro tempo, mas foram se soltando no decorrer da partida. E mesmo com um time nitidamente sem entrosamento, os “veteranos” conseguiram demonstrar sua qualidade. O estreante Orejuela, além do gol, deu a segurança que Igor Vinícius não costuma entregar pela ala direita, além do suporte ofensivo característico do lateral. Bruno Alves foi um verdadeiro xerife ao lado dos garotos Diego Costa e Rodrigo Freitas. A mescla de juventude com pontos de experiência foi fundamental na tática de Hernán Crespo.

O que surpreendeu foram os poucos minutos de Hernanes dentro de campo. Ídolo e capitão da equipe, o Profeta entrou faltando cinco minutos para acabar a partida e quase conseguiu fazer o gol da vitória em cobrança de falta. O que se questiona é por que o jogador começa no banco de reservas e entra apenas na reta final do jogo, num confronto em que o São Paulo usa time reserva, cheio de garotos. O que será que  acontece com Hernanes fora das quatro linhas?

Pontos negativos:

Apesar de entrar com o time reserva em um jogo de Libertadores, o São Paulo poderia ter garantido a classificação para as oitavas de final da competição, pressão que deve ter pesado para alguns jogadores. Caso de Diego Costa, que se mostrou muito afobado em algumas decisões dentro de campo. O zagueiro não demonstrou a segurança que teve quando estreou pelo Tricolor no comando de Fernando Diniz. Deu chutões,  cometeu faltas desnecessárias e se precipitou em alguns momentos, estragando jogadas que poderiam ser bem trabalhadas.  Lucas Perri também foi mal. Falhou num lance fácil, levando ao escanteio que resultou no gol do Rentistas.

Mas ninguém teve uma noite tão ruim quanto Vitor Bueno. Jogando de centroavante, o atleta não perdeu só o pênalti que poderia ter dado a vitória para o São Paulo, mas errou tudo que tentou. Não acertou um passe, não teve um simples domínio de bola e percebeu que, para jogar como camisa 9, não basta saber apenas finalizar no gol. O jogador sofreu jogando de costas para a meta e foi o mais criticado pela torcida durante a partida.

Três faltas desperdiçadas dentro da área:

A partida entre Rentistas x São Paulo teve três lances inusitados que mostraram toda a fragilidade do time uruguaio e como a vitória poderia ter acontecido. Num deles  Sosa colocou a mão na bola em chute de Rojas  – pênalti desperdiçado por Vitor Bueno.  Além disso, o Rentistas conseguiu a “façanha” de recuar duas bolas para o goleiro Rossi pegar com a mão, o que é proibido e resulta em tiro livre indireto ( dois toques). Três grandes oportunidades que a equipe do Morumbi desperdiçou.

Contra o São Paulo, os goleiros viram muros

Apesar de um time inexperiente e sem entrosamento, o São Paulo criou jogadas, principalmente no segundo tempo, mas não conseguiu superar a parede que foi o goleiro Rossi, eleito o melhor jogador da partida. A  finalização é um dos poucos defeitos que vêm tirando a vitória da equipe reserva do Tricolor. No último domingo (9), os mesmos jogadores enfrentaram o Mirassol  e pararam na grande atuação de Alex Muralha. Então fica o questionamento:  a equipe peca na hora de chutar ao gol ou os goleiros crescem quando enfrentam o Soberano?

 

 

 

Felipe Camin

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