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Fluminense conquistou a Libertadores em 2023, no Maracanã, diante de sua torcida - Foto: Lucas Merçon/Fluminense

O dia 4 de novembro ficará para sempre marcado na memória e no coração do torcedor do Fluminense. Afinal, foi a data em que o clube carioca cicatrizou de vez a ferida pelo vice de 2008 e, em pleno Maracanã, coroou uma campanha histórica com o título inédito da Libertadores.

Meses depois, esse elenco trouxe mais uma conquista para a sala de troféus do clube: a Recopa Sul-Americana. Justamente diante do maior algoz de sua história: a equipe equatoriana. Na data em que o maior título Tricolor completa um ano, tudo mudou da água para o vinho, mas ficam as lembranças de uma tarde mágica.

Apesar de não ter o mesmo recurso financeiro de outros rivais, a equipe superou as adversidades e sob a batuta de Fernando Diniz introduziu um estilo de jogo que culminou no título. Em campo, os toques curtos a partir da defesa e as triangulações funcionaram perfeitamente em um recital que se encerrava em um toque só, com Germán Cano.

Personagens marcantes

O argentino teve uma temporada brilhante, a melhor de sua carreira, que o alçou entre os maiores ídolos da história do Fluminense. Ao todo, foram 40 gols, sendo treze deles na Libertadores, inclusive o primeiro da decisão diante do tradicional Boca Juniors. O argentino, que se tornaria “Rei da América”, fez o “L” em sua comemoração característica e entrou para a história do clube.

Além disso, outro personagem marcante trouxe a mística dos Moleques de Xerém e do trabalho nas divisões de base do clube. John Kennedy, que estava emprestado à Ferroviária (SP), aproveitou as chances que teve e estufou a rede em todas as chaves do mata-mata.

Atacante do Fluminense desperta interesse do Lyon
John Kennedy marcou o gol do título da Libertadores do Fluminense – Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense

Na decisão, não foi diferente, com o gol do título na prorrogação e a comemoração do urso, fazendo a torcida ir ao delírio com sua cria. O apito final de Wilmar Roldán trouxe lembranças da final de 2008 e a certeza de que o Tricolor conseguiu deixar para trás uma das derrotas mais dolorosas de sua história da melhor maneira possível: com a Glória Eterna estampada no sorriso de cada torcedor.

Além deles, Fábio trouxe experiência e qualidade com atuações seguras e Nino foi um verdadeiro xerife, com a faixa de capitão marcada no braço. No setor de criação, Arias e Ganso foram essenciais para fazer com que a bola chegasse aos atacantes, enquanto Marcelo voltou ao clube e ergueu a taça que almejava.

Relembre a campanha

O Fluminense iniciou a campanha fora de casa. Contudo, deu os primeiros passos de que poderia chegar longe ao bater o Sporting Cristal por 3 a 1, no Peru. Ainda na primeira fase, um triunfo marcante, com a goleada por 5 a 1 sobre o River Plate. Foram três gols de Cano e dois de Arias, que encheram a torcida de esperanças pela conquista inédita.

Nas oitavas, a equipe, mesmo com um a menos, conquistou um empate heróico, fora de casa, contra o Argentinos Juniors, com o herói improvável Samuel Xavier. Na volta, no Maracanã, o lateral-direito voltou a se destacar e estufou a rede, assim como John Kennedy para fazer o Tricolor avançar.

Germán Cano foi o grande nome do Fluminense na conquista da Libertadores - Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense
Germán Cano foi o grande nome do Fluminense na conquista da Libertadores – Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense

Na fase seguinte, um velho conhecido, o Olímpia, que havia eliminado o Fluminense em 2022 e 2013. Com uma boa vantagem construída no Rio de Janeiro, em pleno Defensores Del Chaco, o Tricolor não tomou conhecimento do adversário e venceu por  3 a 1, com dois de Cano e um de John Kennedy.

Momentos decisivos

A semifinal, aliás, veio cercada de emoção do início ao fim. Para muitos torcedores, os duelos com o Internacional foram os momentos mais marcantes da campanha. Isso porque o elenco conseguiu um empate heroico no Maracanã, mesmo atuando com um a menos. Já em Porto Alegre, quando tudo parecia perdido, viu novamente sua dupla de ataque decidir, em uma virada, nos últimos dez minutos.

Por fim, na decisão, o fim de uma ferida que estava aberta desde 2008. A América se tornou tricolor em uma final eletrizante contra o poderoso Boca Juniors. Depois do empate no tempo normal, com tentos de Cano e Adivíncula, coube a John Kennedy marcar seu nome para sempre na história do clube. Afinal, que dia é hoje? 4 de novembro.

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