Hoje não tem carne, mas hoje tem Galo e isto basta!

Pedro Souza / Atlético

A espera está acabando. Faltam poucas horas para a estreia do Galo na maior competição de futebol da América do Sul. A estreia será em Caracas, no Estádio Olímpico UCV, às 21h30, contra o Carabobo, em jogo válido pela segunda fase.
Depois de a terra ter parado com os milagres de Victor e as “bruxarias” de Ronaldinho, o Atlético emplacou uma grande sequência de participações no torneio continental, desde 2013 são nove ao todo. Os únicos dois anos sem disputar DR (Depois de Ronaldinho) foram em 2018 e 2020. Antes do mágico Gaúcho, o Alvinegro havia disputado a taça apenas em 1972, 1978, 1981 e 2000.

O argentino Eduardo Coudet tem a missão de recolocar o Atlético no rumo do título sul-americano. Mas o desafio começa nesta quarta-feira – Crédito Pedro Souza/Atlético-MG

Coincidência ou não, o Atlético completa em 2023 dez anos do título que abriu portas para um novo tempo de conquistas atleticanas e joga sua 13ª Libertadores. Assim, apegado à crença interminável, à fé inabalável, o atleticano sempre viveu e vive cercado de heróis e roteiros de “Sessão da Tarde”. Passado o bastão de Ronaldinho, Victor e cia, agora é Hulk, o protagonista dos sonhos mais loucos de um ano de estreia da nova casa do Galo.
Aliás, o agora gerente Victor Bagy é o atleta que mais atuou pelo Galo na Libertadores, são 50 partidas. Mas se Hulk ainda não conquistou a “Glória Eterna”, já pode bater no peito e dizer que é o maior artilheiro Carijó do Torneio. Com 12 tentos, Givanildo da Paraíba é a esperança de um ano brilhante para a Massa.

Galo sem Hulk

Com Covid-19, Hulk está fora do debute contra o Carabobo. Mas, com todas as dificuldades, o atleticano recomeça tudo outra vez, se apega à fé, aos milagres de Victor, às bruxarias divinas de Ronaldinho, escuta um grito simples de Galooooo, fiu, fiu, fiu em sua cabeça…
… Coloca as cinzas da conversão de uma quarta-feira, olha para os céus e diz:
“Hoje não tem carne, mas hoje tem Galo e isto basta!”
“Galo, som, sol e sal é fundamental”

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Carlos Alberto

Repórter, setorista da Seleção Brasileira, colunista e editor do Jornal dos Sports entre 1998 e 2000. Editor, colunista e editor executivo do LANCE! de 2000 a 2020, Editor-chefe do Jogada 10 desde 2020. É formado pela Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha-RJ) e participou de coberturas de 6 Copas do Mundo (4 como enviado, 1 como chefe de reportagem 1 como editor-chefe), 2 Copas Américas, 1 Eurocopa, 2 Mundias de Clubes, 1 Olimpíada e 6 Champions League.