O Deus da Raça. Assim ficou conhecido Rondinelli, que tornou-se um dos ídolos da torcida do Flamengo na conhecida Geração Zico, reunião de craques que encantou o Brasil e o mundo e enfileirou títulos na década de 80. E poucos, como ele, conhecem o que é o Rubro-Negro. Mesmo após a eliminação, em casa, para o Athletico-PR, na semifinal da Copa do Brasil, o ex-xerife acredita que, nos momentos ruins, é a hora na qual o Fla cresce.
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“São nas adversidades, nos contratempos, que a gente tenta, dentro de um campeonato. Naquela geração Zico poderia acontecer quase a mesma coisa de hoje. É partir para reuniões com todo o departamento de futebol para se fortalecer. Essa galera tem dado muitas alegrias para nós, torcedores. O momento é esse. Tem que conversar. Cada um procurar entender o que está errado, servindo de entusiasmo para uma nova fase”, destacou, dando um recado para o Flamengo após as derrotas:
“Tenho um ditado: quem nunca saboreou derrota não vai encontrar vitória. Através dos contratempos, colocamos o bonde nos trilhos e saímos para a luta. Enquanto tiver campeonato, precisando ganhar do Atlético, tenho certeza que vai ficar na briga pelo título ainda”.
A garra, dentro de campo, foi o que fez de Rondinelli ficar marcado na história do Flamengo e estar no grupo que conquistou a Copa Libertadores e o Mundial de Clubes em 1981. Da mesma forma que ganhou o coração dos rubro-negros, o ídolo acredita que muitos no elenco atual podem chegar e ajudar nesta batalha.
“Sempre soube que era um jogador limitado. Não tinha uma qualidade técnica apurada. Mas, nas minhas limitações, consegui conquistar um clube como o Flamengo e meus companheiros desde a base. Cheguei no infantil. Fiz a base toda com a Geração Zico. Dentro do que aprendi, no Flamengo, é preciso deixar sangue dentro de campo. Diversas vezes passei por isso. Foi reconhecido pelos meus companheiros e pela torcida. Esse é um respeito que deixamos em campo: ganhar, ganhar e ganhar, que é o Flamengo”, destacou.
“Enquanto houver tempo e não acabar a partida, vamos buscar o resultado. Determinação, vontade, amor, paixão e raça precisam estar presentes no elenco. Todos eles já sabem, possuem grandes conquistas. Para inverter o quadro, tem que mostrar raça, amor e paixão”, recomendou.
CONFIANÇA TOTAL PARA A LIBERTADORES
Como bom conhecedor do Flamengo, Rondinelli sabe que, até o dia 27 de novembro, a equipe tem tempo para se reajustar e chegar forte diante do Palmeiras, na decisão da Copa Libertadores, em Montevidéu. Para ele, o tricampeonato e o carimbo para disputar o Mundial novamente é totalmente possível.
“Com esse time e com tudo o que está acontecendo no momento, temos um mês para a final ainda, O Flamengo tem tudo para conquistar mais uma Libertadores e caminhar para o Mundial. Tenho certeza que até lá, voltando com tudo nos eixos, com uma seleção de craques e jogadores, acredito que levamos outra vez essa taça”, opinou.
Mas para isso, o Deus da Raça acredita que é preciso manter Renato Gaúcho no comando. Muito criticado pela torcida, o treinador virou o principal alvo da ira dos flamenguistas, em especial após eliminação diante do Athletico, com uma derrota por 3 a 0, diante da Nação.
“Não é a hora de mudar o treinador. É hora de diálogo, papo e conversa. São todos adultos. A gente depende de massagista, fisiologista, roupeiro… Essas reuniões e papos, durante a geração Zico, sempre rolaram. Não é hora de mudança. É realmente através do diálogo e das reuniões, com muitos jogadores líderes ali, pessoal da comissão técnica do futebol… O Renato tem experiência. Precisa colocar a conversa aberta em uma reunião para a coisa fluir em resultados positivos”, completou.
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