Fluminense

Igor Julião, lateral do Flu, vira destaque na imprensa internacional

A fama de jogador politizado de Igor Julião atravessou fronteiras. Fugindo do clichê do típico jogador brasileiro, o lateral-direito do Fluminense ganhou destaque do jornal argentino ‘Pagina12’, que dedicou uma página inteira na sua edição deste domingo (28) para traçar um perfil do atleta, que não escapou de ser comparado a um grande craque do nosso futebol.

‘Uma voz no meio da pandemia’, a manchete do jornal argentino ‘Página12’ sobre Igor Julião – Reprodução/Página12

“No Brasil, vozes como a de Igor Julião são necessárias. Se Sócrates, o futebolista médico, estivesse vivo, os dois se sentiriam mais acompanhados. Em um país agora irrespirável, onde faltam caixões para enterrar os mortos que Bolsonaro ignora, o jogador do Fluminense comenta: Meu sentido de vida não é acumular dinheiro nem ficar de boca fechada”. Desta forma, o ‘Página12’ abre a reportagem sobre Igor Julião.

O jogador recentemente chamou a atenção e provocou rebuliço nas redes sociais com o gesto que fez na comemoração de seu gol diante do Flamengo, pelo Campeonato Carioca. Com o semblante sério e o punho direito cerrado para o alto, Julião protestou contra o protocolo adotado pela CBF durante a pandemia.

Com o punho direito cerrado, Igor Julião comemorou seu gol diante do Flamengo: uma grave crítica à CBF – Mailson Santana/Fluminense FC

“Ele correu, festejou e parou com o punho direito erguido e o olhar sério. Parecia Tommie Smith no pódio nos Jogos Olímpicos de 1968, no México. O atleta afro-americano dos EUA, que conquistou o ouro nos 200 metros, virou uma lenda por causa de sua saudação do movimento Black Power ao lado de John Carlos”, escreveu o ‘Página12’, que completa: “Pela sua história fica claro que se parece mais com a da Democracia Corinthiana que expressava Sócrates do que a fo militar que agravou a pandemia com seu discurso negacionista”.

O periódico argentino ainda ressalta a posição que Julião, considerada expressiva e necessária durante o período conturbado pelo qual o Brasil atravessa.

“Voz crítica, ciente do papel de que deve cumprir um jogador de futebol que se dedica ao seu tempo e aos seus privilégios, Igor reconhece-se por baixo. Entre aqueles que sobrevivem entre milhares de cadáveres que se amontoam nos necrotérios e cemitérios de um país à deriva”, encerra o texto.

Flávio Almeida

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