Os desdobramentos do “caso VaideBet” repercutem aos montes nos bastidores do Corinthians no Parque São Jorge.  Armando Mendonça, segundo vice-presidente do clube, foi um dos citados em queixa-crime de Sergio Moura, superintendente de marketing do Alvinegro, à Polícia Civil de São Paulo por calúnia e difamação. Nesta quinta-feira (13), o dirigente – e advogado – mostrou estar decepcionado com a postura de Augusto Melo.

“Reconheço que fiquei muito decepcionado com a postura do meu presidente em não tomar uma providência institucional a partir do momento que um prestador de serviço envolve o vice-presidente do maior clube do Brasil em um inquérito policial”, disse Armando ao ‘SportsCenter’, dos canais ESPN.

“Ao contrário do que o presidente fala nas entrevistas, que dirigentes mandavam documentos pelo clube, acusando o Sergio Moura, o único citado neste inquérito fui eu. Então, subentende-se que o presidente fala do vice dele. E lendo o pedido de instauração policial, ele (Moura) não me acusou, não falou que acusei, que difamei, nada. Só falou que fiz uma reunião com ele naquele dia. Como era o superintendente de marketing, fui conversar com ele”, acrescentou.

Armando Mendonça, advogado e segundo vice-presidente do Corinthians – Foto: Divulgação/Corinthians

Mendonça fez alerta ao presidente do Corinthians

Em depoimento à polícia paulista, Armando Mendonça disse que procurou Augusto Melo para alertá-lo a respeito de uma transação suspeita de autoria da empresa Rede Social Media. Também citou que pediu a suspensão dos pagamentos e apuração policial a fim de que a imagem do clube não sofra prejuízo.

Contudo, Mendonça afirmou que Melo se mostrou contrário a buscar detalhes sobre o episódio:

“Ele (Sergio Moura) diz que questionei sobre a VaideBet e sobre o ‘laranja’. Perguntei de forma preocupada se tínhamos essa troca de mensagens, de WhatsApp. Era fácil de responder, acabava o problema. E ele disse que não tinha. A única coisa que falei, que era para avisar o amigo dele (Alex Cassundé) para não emitir nota em nome do Corinthians, pois está cometendo um eventual ilícito. Ele disse que não tinha nada a ver com isso. Tudo bem, eu tenho a ver com isso, e acho que não pode. Foi isso. Depois dessa conversa, acredito que nunca mais a intermediadora emitiu mais nota em nome do Corinthians”.

Ao ser perguntado se o presidente Augusto Melo corre o risco de enfrentar um processo de impeachment no Corinthians, Armando Mendonça afirmou não acreditar em um desdobramento que caminhe para tal cenário.

“Não sou a favor (de impeachment). Uma gestão que precisa de ajuste não se corrige com impeachment, e sim com conversas, entendimento. Existe um movimento da oposição para isso acontecer. Entendo que não há argumento jurídico para isso”, encerrou o dirigente.

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