Edenilson usou poucas palavras, mas que foram suficientes para reafirmar seu posicionamento em relação á acusação de injúria racial supostamente sofrida por parte do lateral-direito do Corinthians, Rafael Ramos, no último sábado, no jogo do Internacional diante da equipe paulista, pela sexta rodada do Brasileirão.
Eleito o destaque da vitória colorada por 2 a 0 sobre o Indepediente Medellín na noite desta terça-feira, pela Sul-Americana, o volante anotou os dois gols. No primeiro, não pensou duas vezes: tirou a camisa para festejar e cerrou o punho no ar em gesto típico do combate ao racismo.
Em entrevista coletiva após o jogo no Beira-Rio, Edenilson manteve a firmeza em seu discurso, reiterando que foi chamado de “macaco” por Rafael e que deu a oportunidade para o jogador corintiano se retratar, o que não aconteceu.
“Fui bastante julgado, chamado de mentiroso, surdo. Bem complicado os fatos serem distorcidos. As imagens estão ali para ser analisadas. A única coisa que espero é que não me julguem, não quis dar entrevista para respeitar a carreira do rapaz, assim como não entendi o porque do xingamento”, disse Edenilson, antes de completar:
“Queria ouvir um pedido de desculpas, que (Rafael Ramos) assumisse o erro, e a gente fosse no delegado, se teria uma pena menor caso assumisse a culpa. Mas estou aqui no Inter há cinco anos. Eles me deram força, me ajudaram a focar no jogo, esquecer, me divertir”.
O meio-campista do time gaúcho afirmou que não vislumbra criar um clima de “vitimismo” após a acusação de injúria racial e espera que sejam tomadas as providências necessárias sobre o episódio.
“Sou pai de família, tenho certeza que ele (Rafael) tem família que está em outro país. Esse é o meu jeito, tento ver bondade, não quis julgar, expor. Apenas quero que a verdade venha. Foi o que aconteceu foi o que eu ouvi. Quero que as autoridades resolvam. Não quero fazer um vitimismo, só quero que a verdade venha, se ela realmente vier. Tenho certeza do que ouvi, isso não muda, não volta atrás”, garantiu o colorado.
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