Palmeiras

J10 disseca os coelhos da cartola de Gallardo para o duelo com o Palmeiras

Nesta terça-feira o Palmeiras enfrenta o River Plate, no Allianz, por uma vaga na final da Libertadores, com uma vantagem gigantesca. Fez 3 a 0 em Buenos Aires e somente se time argentino devolver os três gols é que ele terá chances de alcançar a sua terceira final seguida.

Matías Suárez deverá formar dupla de ataque com Borré no jogo da volta contra o Palmeiras  (Foto: Cesar Greco)

Ter esta vantagem é uma maravilha, mas o Verdão precisará tomar os seus cuidados para não ser surpreendido. O River Plate é qualificado, vem mordido e mostrará as suas armas de um franco-atirador em grande desvantagem, mas que ainda não está morto. E são estes tópicos abaixo que o time de Abel Ferreira precisa tomar cuidado.

Atacante Carrascal não joga e vai entrar um zagueiro

Pode parecer o absurdo dos absurdos. Como é que o River Plate, que precisa fazer três gols, vai, com a ausência de um de seus atacantes, escalar um terceiro zagueiro?

Este é um dos pulos do gato de Gallardo. Com Carrascal cumprindo suspensão pela agressão a Gabriel Menino, o treinador vai reforçar a defesa escalando Díaz. Assim, o paraguaio formará um trio com o compatriota Rojas e Pinola. Isso significa que Gallardo irá liberar os laterais Montiel e Casco para avançarem incessantemente e ao mesmo tempo, ampliando a variação de jogadas e o toque de bola que é a sua marca registrada.

Sim, o River Plate vai querer ter a maior posse e trocar passes com rapidez, como quase sempre faz quando atua no 3-5-2. E, com três zagueiros, ainda poderá liberar Matías Suárez para ser um segundo atacante ao lado de Borré, com De la Cruz jogando mais atrás para tentar a finalização de fora da área (o uruguaio tem um canhão certeiro: cuidado Weverton, e olho vivo para não dar espaço, Danilo!). Claro que o time argentino pode levar um contra-ataque, mas ter um trio lá atrás minimiza o risco.

Carrascal fará falta?

Na teoria, sim. Carrascal é tipo o Gabriel Jesus no ano em que estourou. Jogou muito, certo? Mas na partida de ida o garoto sentiu o peso, perdeu duas grande chances, estava fora de controle e foi expulso. Para o duelo desta terça-feira, todo o time do River Plate que estará em campo é cascudo, só cobra criada. Por isso Abel Ferreira e os jogadores do Palmeiras precisarão ter em mente que Carrascal fora de combate é reforço para o River Plate que deve jogar assim: Armani; Díaz, Rojas e Pinola; Montiel, Enzo Pérez, Nacho, De la Cruz e Casco; Matías Suárez e Borré.

Angileri ficará no banco?

Na partida de ida estava claro que a ausência de Angileri e a escalação de Casco na lateral esquerda era uma furada. E Abel Ferreira soube aproveitar muito bem. Pelo setor direito do ataque, o Palmeiras se criou. Então, por qual motivo Gallardo não entrará então com Angileri, já que o lateral-esquerdo está recuperado?

O motivo é que desta vez Casco é que está com ritmo de jogo, treinou todos os últimos dias enquanto Angileri pegou leve nos treinamentos. E mais: o esquema com três zagueiros dá uma boa cobertura para Casco, que é melhor no apoio do que Angileri. Além disso, se o esquema com três zagueiros não der certo (leia-se, o River não fizer um gol nos primeiros 25 minutos), Gallardo ajustará logo para um 4-4-2, com Pinola de lateral e  Casco como um volante pela esquerda. Isso liberaria o excepcional Enzo Pérez para apoiar. Esta mudança seria o segundo pulo do gato do esquema de Gallardo.

Então, o que o Palmeiras tem de fazer?

Primeiro, esperar com cautela para ver até onde vai a sanha ofensiva de Gallardo nos primeiros 25 minutos. E explorar o setor direito do ataque quando tiver a posse de bola.  Este lado seguirá sendo a válvula de escape mais segura. Afinal, sem Veron, é certo que Rony jogará pela direita e terá o auxílio de Gabriel Menino e de Marcos Rocha. Uma ou outra ligação direta no contra-ataque vai bem, os três zagueiros são mais lentos do que Luiz Adriano.

E boa sorte ao Verdão. A quarta final da Liberta é logo ali.

Carlos Alberto

Repórter, setorista da Seleção Brasileira, colunista e editor do Jornal dos Sports entre 1998 e 2000. Editor, colunista e editor executivo do LANCE! de 2000 a 2020, Editor-chefe do Jogada 10 desde 2020. É formado pela Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha-RJ) e participou de coberturas de 6 Copas do Mundo (4 como enviado, 1 como chefe de reportagem 1 como editor-chefe), 2 Copas Américas, 1 Eurocopa, 2 Mundias de Clubes, 1 Olimpíada e 6 Champions League.

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