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Joaquim amplia o vexame do Flamengo em 2023

Santos 2 x 1 Flamengo. E Fabrício pôs a culpa no juiz. Pois é. Por mais que se possa ter boa vontade, fica cada vez mais difícil tecer algum tipo de elogio ao Flamengo, pois os técnicos escolhidos para dirigi-lo teimam em se comportar como inventores da roda, ou seja, a propor soluções táticas fantásticas, que não obedecem a critérios lógicos, mas a trapalhadas previsíveis, pouco importa o modelo dos campeonatos ou os adversários.
Como dito, difícil comparar Tite a Vitor Pereira ou Jorge Sampaoli, que ajudaram, com a colaboração dos cartolas, a transformar o Rubro-Negro no grande fiasco de 2023. Mas o vilão das últimas duas Copas do Mundo está muito longe – como ficou claro em Brasília – de ser o nome para dar jeito na terra arrasada.

Flamengo reza para que a temporada termine

Ao torcedor do Flamengo apenas torcer para que a temporada termine logo – embora ainda restem oito amistosos – e que 2024 possa promover uma reformulação completa, o que infelizmente já acena ser pouco provável, pois a continuidade dos atuais dirigentes, da ausência na Libertadores – comentada aqui faz tempo – e a presença incômoda de Tite, que não nada fará de diferente do que se tem visto, levarão o futebol do clube a novos vexames.
Vale lembrar, o que é absolutamente intolerável, que o Flamengo perdeu os oito títulos que disputou em 2023 – Taça Guanabara, Estadual, Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana, Mundial, Brasileiro, Libertadores e Copa do Brasil. Não dá para esquecer o retumbante fracasso de um dos piores anos da história. Nem vaguinha na Libertadores haverá.

Flamengo volta a vacilar. Desta vez para o Santos. Temporada para se lamentar  – Fotos: Raul Baretta/ Santos FC.

O jogo

O Flamengo começou em plano visivelmente inferior, sofrendo alguma pressão, e Joaquim, em falha de Rossi, quase abre o placar. Mas conseguiu equilibrar, tanto que fez 1 a 0 aos 20 minutos, com um gol de Pedro, típico de centroavante, escorando escanteio na pequena área. O Rubro-Negro, apoiador pela torcida, passou a exibir superioridade, e dado o momento, teve até a chance de ampliar. Ayrton Lucas chegou a acertar o travessão. È fato, porém, que o Santos não estava mal, e parecia até mais ligado, apesar da diferença entre os times no aspecto técnico. Aos 32, Nonato bateu de canhota da meia-lua e empatou. O Flamengo, sem muito foco, o que ocorre com frequência em fim de temporada terrível, e Gérson, mesmo sem a intenção, agrediu Júlio Furch. Foi expulso. A equipe carioca terminou a primeira etapa em desvantagem numérica e sem recursos aparentes para a derradeira.
Pois buscando a fórmula para voltar ao jogo, Tite promoveu pelo menos duas mudanças trágicas no intervalo, lançando Matheuzinho e Vitor Hugo, peças inúteis, e Gabriel, que eventualmente é decisivo, sem esclarecer, no entanto, motivo para a saída de Pedro. A partir daí, a impressão que se teve é que a derrota rubro-negra seria inevitável, o que ficou evidente quando o técnico trocou Arrascaeta por Rodrigo Caio, oferecendo ao torcedor um prato dos mais exóticos, pois já não havia padrão, sob qualquer ponto de vista. O Santos também fez substituições, essas pontuais, pois não há muita distância entre os que entram e saem.

A derrota

O curioso é que o time paulista, apesar de ter um homem a mais, e jogar diante de um adversário confuso do um ao onze, parecia respeitar excessivamente o que resta – quase nada – do Flamengo de 2019 a 2021, um tanto temeroso de ir ao ataque e liquidá-lo, o que não era uma tarefa complicada.

Mas a coisa foi se arrastando, sem nenhuma emoção, e a mediocridade aumentando de intensidade, até que aos 43 minutos, Joaquim bateu da intermediária, enfiando 2 a 1, e fuzilando o mínimo que havia de dignidade no Flamengo em 2023.

A propósito: o que são Luiz Araújo e Vitor Hugo?

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Carlos Alberto

Repórter, setorista da Seleção Brasileira, colunista e editor do Jornal dos Sports entre 1998 e 2000. Editor, colunista e editor executivo do LANCE! de 2000 a 2020, Editor-chefe do Jogada 10 desde 2020. É formado pela Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha-RJ) e participou de coberturas de 6 Copas do Mundo (4 como enviado, 1 como chefe de reportagem 1 como editor-chefe), 2 Copas Américas, 1 Eurocopa, 2 Mundias de Clubes, 1 Olimpíada e 6 Champions League.

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