Jogador afirma receber R$ 5 mil para aliciar colegas

O lateral-esquerdo Denner Barbosa, que jogou o último Estadual pelo Operário de Várzea Grande, do Mato Grosso, revelou que recebia uma mesada de R$ 5 mil de um apostador para aliciar outros atletas para esquema de manipulação. O diálogo caiu nas mãos da Operação Penalidade Máxima, que investiga esquema de apostas no futebol brasileiro. A informação é do site “Globo Esporte”.

O jogador negociava com Bruno Lopes, o BL, um dos líderes da quadrilha, que se apresentava como empresário de jogadores e acusado pelo Ministério Público de Goiás de ser o chefe do esquema.

“Ele me dá cinco contos mensais, mesmo se for mês que não tem operação”, escreveu Denner Barbosa.

O advogado de Denner nega que ele tenha atuado nos esquemas e afirma que ele apenas fingiu participar para poder cobrar uma dívida antiga de Bruno Lopes. Aliás, Barbosa não acabou sendo denunciado pelo MP.

No dia 11 de fevereiro deste ano, o lateral conversou com Bruno Lopes para manipular duas partidas. Um determinado número de escanteios em Luverdense x Operário de Várzea Grande, pelo Mato-Grossense. Além disso, ficou acertado a derrota no primeiro tempo do Goiânia para o Goiás, pelo Campeonato Goiano.

Durante essa conversa, o jogador afirmou, mais de uma vez, que costumava trabalhar para outro apostador. Contudo, o nome deste elemento ficou oculto.

As duas partidas em questão tiveram outras manipulações em dois jogos do Campeonato Gaúcho envolvidos no esquema. No jogo entre Bento Gonçalves e Novo Hamburgo, o jogador Nikolas, do Novo Hamburgo, cometeu um pênalti após ter acertado com os apostadores. Na partida entre Caxias e São Luiz, quem fez o pênalti foi Pedroso, do São Luiz. Assim, os apostadores teriam lucrado R$ 45 mil.

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