EO zagueiro Hossein Mahini, de 36 anos e que defende o Saipan FC, foi preso nesta quinta-feira (29/9) no Irã. Segundo a agência iraniana IRNA, o jogador vinha dando, através de suas redes sociais, apoio às manifestações que ocorrem em todo o país por causa do assassinato de Mahsa Amini, estudante de 22 anos, pela polícia de costumes do Irã.
Mahini tem várias passagens pela seleção do Irã e fez parte do elenco que jogou a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. O zagueiro atuou por anos no grande clube do país, o Persépolis (de maior torcida e maior campeão, com 14 títulos). Desde 2020 defende o Saipan, de médio porte, mas com três títulos nacionais – o último em 2007.
Outra celebridade iraniana presa foi o músico Shervin Hajipour. Na semana passada, ele lançou uma música de apoio
aos protestos, (“For”) que viralizou. Todas as redes do país tiveram de tirar a música do ar e Hajipour, nesta quinta-feira, foi preso.
Há uma semana está ocorrendo nas principais cidades do Irã e nas comunidades de iranianos fora do país uma série de manifestações. Tudo começou com a confirmação da morte de Mahsa Amini. A estudante de origem curda foi visitar a capital Teerã com os pais e um irmão quand a polícia de costumes a deteve. Sob a alegação de uso errado do véu que toda mulher iraniana deve colocar na cabeça (que se chama Hijab).
A polícia disse que ela passaria por uma “aula de educação” e que seria liberada em até dez horas. Entretanto, Mahsa foi encontrada apenas no dia seguinte. Estava em um hospital com muitas lesões e já com morte cerebral. Outras mulheres que também presas e que estavam com Mahsa, informaram que ela foi severamente espancada no trajeto entre o local em que foi presa e a delegacia. Isso se comprova pelas escoriações.
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Entretanto, o rápido inquérito das autoridades indicaram que tudo não passou de um acidente e tudo estava dentro da normalidade. Foi a senha para que começassem as muitas manifestações. Principalmente as mulheres tomaram parte, queimando os Hijabs e cortando os cabelos. Também pedem direitos iguais aos do homens. As manifestações também pedem o fim do regime político no país. O Irã tem um presidente, mas quem manda é o líder supremo do poder religioso, atualmente o Aiatolá Ali Khamenei. Até o momento quase 100 pessoas já morreram nas manifestações.
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