Jogador que combatia a homofobia é criticado por acertar com clube saudita

O volante Henderson deixou o Liverpool para reforçar o Al-Ettifaq, da Arábia Saudita, país que criminaliza a homossexualidade. Antes da transferência, no entanto, o jogador foi uma voz contra a homofobia na Inglaterra. Ele, aliás, utilizava a braçadeira de capitão dos Reds nas cores do arc0-íris. Por conta disso, membros da comunidade LGBTQIAP+ reagiram muito mal à decisão de Henderson. Um deles é o ex-jogador alemão Thomas Hitzlsperger, assumidamente gay.

“Eu acreditei, por um tempo, que seu apoio à comunidade LGBT era genuína. Sou um tolo. É justo para ele, pode jogar onde quiser. Curioso saber como será a nova marca JH. A velha está morta!”, escreveu Hitzlsperger nas redes sociais.

Campeão alemão pelo Stuttgart, Hitzlsperger, que disputou a Copa do Mundo de 2006, está com 41 anos e teve, também, passagem na Inglaterra, onde defendeu o Aston Villa. Após pendurar as chuteiras, em 2013, ele, enfim, assumiu sua homossexualidade.

Grupos de torcedores LGBT do Liverpool também pegaram no pé do ex-volante dos Reds, antes um nome importante na luta contra a homofobia.

“Henderson, como é o contrato multimilionário que o afastou do compromisso com direitos humanos? Dadas as escolhas que ele fez recentemente, Kop Outs duvida e questiona, principalmente, se Henderson já foi um aliado real. Estamos profundamente desapontados por ele estar escolhendo trabalhar como parte de uma operação de sportswashing, tentando se distrair de um regime onde mulheres e pessoas LGBT+ são oprimidas”, criticou o Kop Outs, grupo na linha de frente contra o preconceito sexual.

A Arábia Saudita, país onde Henderson vai jogar, prevê pena de morte para atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo.

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