Isaquias Queiroz levou a prata no C1 1000m. Já no vôlei de praia, Ana Patrícia e Duda levam o ouro. Por fim, o Brasil ainda teve um bronze com Piu, nos 400m com barreiras – Fotos: Divulgação / Time Brasil, Luiza Moraes/COB e Wander Roberto / COB

A sexta-feira (9/8) dos Jogos Olímpicos foi de conquistas em série para o esporte brasileiro em Paris. O país subiu nos três patamares do pódio. Após 28 anos, o vôlei de praia feminino voltou a conquistar um ouro e fez o hino nacional tocar pela terceira vez na França. Em jogo tenso, que teve até uma discussão ríspida no tie-break, a dupla Ana Patrícia e Duda derrotou as canadenses Melissa e Brandie por 2 sets a 1 (26/24, 12/21 e 15/10) e igualou o feito de Jaqueline e Sandra em Atlanta 1996. As atletas fizeram uma campanha impecável na Arena da Torre Eiffel, com sete vitórias e apenas dois sets perdidos. 

Por sua vez, na canoagem Isaquias Queiroz deu uma arrancada de tirar o fôlego nos últimos 250 metros e conquistou a prata no C1 1000m. Na reta final, ele passou da quinta para a segunda colocação, dando mais uma vez mostras de sua potência física e mental. Dessa forma, o campeão na prova em Tóquio 2020 subiu ao pódio olímpico pela quinta vez e igualou os velejadores Torben Grael e Robert Scheidt na segunda colocação histórica do país. Eles só ficam atrás da ginasta Rebeca Andrade, seis vezes laureada. Na hora da cerimônia, o brasileiro roubou a cena ao fazer o gesto “kamehameha”, do clássico anime Dragon Ball.

Piu repete Tóquio no atletismo

O bronze do dia veio no atletismo. Alison dos Santos, o Piu, repetiu o desempenho de Tóquio e terminou em terceiro na final dos 400m com barreira. Aliás, o pódio foi o mesmo do Japão. Porém, com a inversão nos dois primeiros postos. Desta vez, o norueguês Karsten Warholm, que defendia o ouro, ficou com a prata, sendo superado pelo americano Rai Benjamin, segundo colocado na edição passada. Na pista do Stade de France, Piu exibiu seu poder de reação após o susto nas semifinais, quando terminou sua bateria em terceiro e precisou aguardar os tempos das outras disputas para avançar à final. 

Pela primeira vez, ouro só com as mulheres

Piu era a última chance de um homem brasileiro levar a medalha de ouro em Paris. Mas como não conseguiu, esta será a primeira vez que uma edição dos Jogos Olímpicos termina apenas com mulheres no lugar mais alto do pódio para o Brasil. Até o momento, a ginasta Rebeca Andrade (no solo), a judoca Bia Souza (categoria até 78kg) e a dupla do vôlei de praia Ana Patrícia e Duda foram as campeãs. No entanto, neste sábado (10/8) a Seleção Brasileira feminina de futebol busca o título inédito contra os Estados Unidos. A partida acontece às 12h (de Brasília), no Parque dos Príncipes. Marta e cia. buscam a revanche contra as americanas, algozes nas decisões de Atenas 2004 e Pequim 2008. 

Além de Piu, o atletismo brasileiro também esteve em ação com Almir Junior no salto triplo. Na semifinal, ele havia obtido a melhor marca da carreira, com 17,06m. Com isso, pela primeira vez desde Pequim 2008 o país conseguiu chegar à final da prova. Porém, o saltador natural do Mato Grosso não repetiu a performance nas três tentativas desta sexta e terminou na 11ª colocação. Ele fez 16,41m na primeira tentativa, queimou a segunda e cravou 16,28m na terceira. Após a competição, Almir Junior proporcionou um momento de emoção no estádio ao pedir a mão da namorada Talita Ramos em casamento

Feitos inéditos para o Brasil nos Jogos Olímpicos

Na ginástica rítmica, o Brasil teve pela primeira vez uma representante na final individual geral. Bárbara Domingos, de 24 anos, terminou na 10ª colocação geral com média de 123.100. O ouro ficou com a alemã Darja Varfolomeev, enquanto Boryana Kaleyn, da Bulgária, e Sofia Raffaeli, da Itália, completaram o pódio. Por outro lado, na classificatória da disputa por equipes, a sergipana Victória Borges, de 22 anos, sofreu uma lesão na panturrilha entre as duas apresentações. Mesmo com dores, a ginasta voltou ao tablado para o conjunto brasileiro fazer sua performance e, ao fim, saiu carregada e foi muito aplaudida. 

Por fm, o dia teve ainda outra brasileira construindo um feito inédito para o país. Giulia Penalber foi a primeira do país a disputar o pódio no wrestling. Pela categoria até 57kg, ela avançou até a disputa do bronze, quando perdeu para a chinesa Kexin Hong por 10 a 0. Antes disso, a melhor colocação do Brasil na modalidade havia sido a oitava de Rosângela Conceição na categoria até 72kg em Pequim 2008. 

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