Multicampeão pelo Flamengo e atualmente no Benfica, Jorge Jesus está sendo acusado em Portugal de machismo ao responder a pergunta de uma jornalista após a vitória por 2 a 1 de seu time sobre o Marítimo, nesta segunda-feira (30), pelo Campeonato Português.

Rita Latas, jornalista do canal Sport TV, lhe perguntou sobre a qualidade do time, que teve dificuldade para ganhar o jogo – o Marítimo saiu na frente e a vitória só foi obtida com um gol do brasileiro Everton Cebolinha.

Jorge Jesus, Benfica
Jorge Jesus criou polêmica após resposta a repórter – Foto: SL Benfica

“Não tenho a mesma opinião que você. Também é natural que você não saiba o que é muita qualidade sobre futebol, não é?”, disse Jesus.

Imediatamente surgiram críticas ao comportamento do treinador nas redes sociais. O Clube Nacional da Imprensa Desportiva de Portugal (CNID) emitiu uma nota repudiando o comportamento do treinador.

“A resposta do treinador Jorge Jesus, no final do jogo na Madeira, a uma pergunta da Jornalista da SportTv na habitual entrevista rápida, é absolutamente inadequada e indigna de um dos treinadores portugueses com mais títulos. (…) Felizmente há muito que o futebol e o jornalismo não são coutadas de nenhum gênero, tendo todos que ter as portas abertas em qualquer desporto. E a influência feminina deve ser particularmente bem acolhida pelo mundo do futebol”, informa um trecho da nota.

Nem o Benfica e nem o treinador se manifestaram sobre o assunto.

Desrespeito com time da 4ª Divisão

Durante o jogo com o Marítimo, Jesus também conseguiu comprar briga com o Elvas, um pequeno clube de Portugal, que disputa um campeonato regional, equivalente à 4ª divisão, mas que fez parte da elite do futebol local até os anos 1980. Em determinado ponto, irritou-se com a cera do adversário e esbravejou para Lito Vidigal, treinador do Marítimo: “Vá treinar o Elvas!”

A direção do Elvas não deixou barato. Foi às redes sociais criticar Jesus por sua postura e cobrou-lhe ética: “O Elvas não gosta deste tipo de referência desvalorizadora. Os Elvenses têm orgulho no seu passado e exigem ser referenciados com respeito”, informa um trecho da nota assinada por Paulo Canhão, presidente do Elvas.

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