A Justiça do Rio inocentou, na quarta-feira (29), o dirigente do Flamengo Carlos Noval e o engenheiro Luiz Felipe Pondé do incêndio no Ninho do Urubu em 2019, que matou dez pessoas. Em resumo, o colegiado da 5ª Câmara Criminal apontou que não há como sustentar a denúncia feita pelo Ministério Público com as provas colhidas pela Polícia Civil. A informação foi divulgada pela jornalista Gabriela Moreira.
Noval, atual gerente de transição do Flamengo, e Luiz Felipe já haviam sido inocentados pelo pelo juiz Marcos Augusto Ramos Peixoto, da 36ª Vara Criminal, em maio de 2021. No entanto, o Ministério Público recorreu a decisão e conseguiu reverter por dois votos a um na 3ª Câmara Criminal.
Assim, desta vez na 5ª Câmara, com um colegiado formado por cinco desembargadores, foi apontado que não há provas para responsabilizarem Carlos Noval e o Luiz Felipe Pondé pelo incêndio. Aliás, vale ressaltar que o MP pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). No entanto, isso não deve acontecer, pois a decisão não conteve erros em seu processo, e sim falta de provas.
“Os desembargadores entenderam que ele não teve qualquer responsabilidade com o fatídico evento. Não tinha atribuição para fiscalizar, não ocupava o cargo de diretor da base havia onze meses”, disse Raphael Mattos, advogado de Noval, ao “ge”.
Nomes envolvidos no processo
Além de Noval e Luiz Felipe, o monitor Marcus Vinícius Medeiros foi absolvido, ainda no início do processo. Em suma, ainda há oito pessoas processadas pela tragédia. Entretanto, a ação, do juiz titular do caso Marcel Laguna Duque Estrada, que está na 36ª Vara Criminal, está parada há um ano. Ainda respondem pelo caso:
– Eduardo Bandeira de Mello (ex-presidente do Flamengo)
– Márcio Garotti (ex-diretor de meios)
– Marcelo Sá (engenheiro)
– Claudia Pereira Rodrigues (da empresa NHJ, que forneceu os contêineres ao clube)
– Weslley Gimenes (NHJ)
– Danilo da Silva Duarte (NHJ)
– Fabio Hilário da Silva (NHJ)
– Edson Colman da Silva (técnico em refrigeração).
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