Ex-jogador da Seleção Brasileira, Edmílson recebeu intimação do Tribunal de Justiça de São Paulo para deixar a sua residência, em Santana de Parnaíba, no estado paulista. Ele e sua esposa foram notificados no dia 15 de agosto e têm até o próximo domingo (25) para desocuparem o imóvel, que fica na área nobre de Tamoré.
O juiz Guilherme Vieira de Camargo permitiu arrombamento e uso de força policial se o casal não cumprir o prazo estabelecido. O ex-zagueiro da Seleção Brasileira colocou a casa como garantia em um contrato de empréstimo de R$ 4 5 milhões com o Banco Inter, em janeiro do ano passado. No entanto, o antigo atleta não conseguiu cumprir com o acordo e atrasou o pagamento das parcelas. Devido a isso, a instituição tornou-se a proprietária da moradia por meio da Justiça em novembro do ano passado. Em seguida, colocou o imóvel em leilão.
Compradora tentou convencer saída de Edmílson de forma amigável
A empresa UX Intermediações de negócios venceu a disputa pela compra da casa, em contestação de Edmílson. A companhia comunicou ao Tribunal que tentou convencer de maneira amigável que o ex-jogador deixasse o imóvel. Isso durante o primeiro semestre, mas sem sucesso na tentativa.
Assim, no começo de agosto, os advogados da UX Intermediações pediram por meio da Justiça a desocupação compulsória do local. No dia 7 do mesmo mês, foi enviada a notificação que o casal teria que deixar a residência em um prazo de até dez dias. Entretanto, o prazo passou a valer a partir da chegada da notificação.
“Após o escoamento do prazo, independentemente de nova conclusão, expeça-se mandado de despejo coercitivo e imissão na posse, ficando autorizado arrombamento e uso de força policial, se necessário”, avisou o juiz Guilherme Vieira de Camargo.
Versão do ex-volante da Seleção Brasileira do caso
Edmilson deu a sua versão por meio de seu representante jurídico, Jose Maria Lopes. O advogado do casal declarou que eles tentaram de diversas formas renegociar a dívida. Aliás, argumenta que o último leilão ocorreu com três dias de antecedência do prazo final para novas tratativas de quitação dos débitos oriundos do empréstimo.
“O pentacampeão Edmílson possui um processo ainda em discussão em que busca adimplir com a obrigação firmada junto ao banco Inter, reavendo assim a propriedade do imóvel”, detalhou o advogado.
A propósito, a defesa de Edmílson argumenta que houve diversos indícios de atos ilícitos no leilão judicial. Evento que causou a transferência de posse da casa. O representante jurídico do ex-jogador pergunta o motivo da residência ter sido vendida por R$ 9,5 milhões, se havia supostas ofertas com valores maiores. Por sinal, uma de R$ 12 milhões.
O advogado ainda complementa que a quantia do arremate específico da compra não estaria entre as propostas do leilão. Desta forma, gerando teoria de suposto favorecimento ao comprador.
“Não se verifica o lance do ‘suposto’ arrematante, logo que inexiste o lance no valor mencionado no auto de arrematação no valor de R$ 9,5 milhões. Assim, perceptível ao menos em tese, que houve venda direta a UX Intermediações, o que é vedado pela Lei 9514/97”, frisou a defesa de Edmílson.
Empresa que adquiriu imóvel responde a alegações de defesa do ex-volante da Seleção Brasileira
A empresa UX Intermediações de Negócios se manifestou em nota.
“Todas as medidas legais estão sendo tratadas de acordo com os procedimentos judiciais adequados e que qualquer questão relacionada ao caso será discutida apenas nos autos”.
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