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Embora ainda tenham jogos pelo Brasileirão no decorrer da semana, os olhos dos torcedores já estão voltados para a final da Copa Libertadores, no dia 27, entre Palmeiras e Flamengo, às 17h (de Brasília), no Estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai. Com as equipes vivendo momentos parecidos na temporada, é difícil apontar um favorito. Porém, para o ex-jogador Leandro Ávila, a equipe carioca está um degrau acima em relação ao seu adversário.

Em um bate-papo com o Jogada10, Leandro Ávila, ex-volante de Palmeiras e Flamengo, analisou os momentos dos finalistas. Para ele, o Rubro-Negro sai um pouco na frente no favoritismo, mas garante que a final está em aberto.

Leandro Ávila teve atuação destacada com a camisa de Palmeiras e Flamengo  – Divulgação/Athletico-PR

“É difícil fazer um prognóstico em uma final com duas grandes equipes. Acredito que aquela que menos errar será a campeã. Se as duas jogarem muito bem, o Flamengo leva uma pequena vantagem. O Palmeiras tem jogadores de qualidade ali na frente, para definir em velocidade. Mesmo que jogue fechadinho, o Palmeiras sai em uma grande velocidade, com jogadores de qualidade e uma marcação forte. A final está aberta, mas vejo o Flamengo em um degrau acima do Palmeiras”, disse.

Não é somente nesta edição da Libertadores. Nos últimos anos, Palmeiras e Flamengo chegam em finais de competições de peso, tanto nacionais quanto internacionais. Para Leandro Ávila, isto é reflexo do investimento e planejamento realizados por estes clubes.

“Tanto Flamengo quanto Palmeiras chegaram com muita justiça na final. Obviamente que o investimento e o planejamento foram grandes fatores que contribuíram. As estruturas que estas equipes possuem, com grandes torcidas, peso das camisas, destoando do restante dos times brasileiros, também fazem parte. Acho que as duas equipes, juntas com o Atlético, são as três que mais investem e vem aos poucos crescendo. O planejamento e o investimento fizeram a diferença para Flamengo e Palmeiras.”, afirma.

Como analisa a pressão por parte da torcida do Flamengo sobre Renato Gaúcho?

“A cobrança em uma equipe grande é natural. O Renato sabe disso, sofreu cobranças quando jogava e agora como treinador. Trabalhar em uma equipe com a grandeza do Flamengo tem o lado bom e o lado ruim. Quando a equipe está sujeita a ter jogadores lesionados, é preciso ter tranquilidade para pode armar o time da melhor maneira. Cair de produção é normal ao ter a falta alguns jogadores, principalmente o Flamengo, na minha opinião, quando o Arrascaeta não joga. Eu tenho certeza de que, se o Flamengo tivesse, nessas últimas partidas, este jogador à disposição, estaria melhor no Brasileirão. Vejo que o Flamengo, mesmo com alguns desfalques, é um time a ser batido. Não é invencível, mas a gente sabe que, quando chega em uma final, é difícil de ser batido.”

Você, como ex-volante, como vê a importância de Felipe Melo e Willian Arão em suas equipes?

“Diferente da época em que eu jogava, atualmente os volantes  podem sair mais para jogar, como é o caso do Willian Arão. Ele tanto marca e, de repente, aparece na frente para finalizar. O Felipe Melo já é um jogador mais de marcação e de toque também, mas que não sai tanto. Mas acredito que as duas equipes estão muito bem de volantes, jogadores com confiança. No caso do Felipe, com uma vasta experiência, passando tranquilidade e luta com os seus companheiros. Então, isso é um ponto positivo para o Palmeiras. Já no Flamengo, o Arão é um jogador fundamental. Às vezes, ele não aparece tanto, mas tem uma função tática muito boa. Ele é rápido, sobe bem de cabeça, ajuda na marcação e sai para o jogo.”

De Montevidéu, você vai torcer para que a taça vá para São Paulo ou Rio de Janeiro?

“Eu tive o prazer de vestir a camisa do Flamengo e do Palmeiras. Peguei a época do Verdão com a Parmalat. Tive uma lesão no púbis, não consegui desenvolver o meu futebol e, em razão dessa lesão, acabei deixando o clube. A estrutura do Palmeiras é muito grande, assim como é a do Flamengo. Eu, particularmente, torço para o Flamengo, pois tive uma identificação maior. Esperamos que seja um grande jogo. A torcida ganha com isso. Que o Flamengo possa conquistar mais um título para a sua Nação.”

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