O Vasco mostrou que pode voltar a ser letal no Campeonato Brasileiro. Se não foi brilhante, pouco sofreu na vitória por 2 a 0 sobre o Sport, no último sábado pelo Brasileiro. E a atuação consistente na Ilha do Retiro passou pelos pés de Léo Matos e Neto Borges. Mesmo com as constantes mudanças no comando técnico do Cruz-Maltino, o problema das laterais parecia estar longe de uma solução em São Januário.
Desde o início da temporada, Yago Pikachu e Henrique eram os titulares, apesar de viverem uma má fase há algum tempo, e os torcedores não poupavam nas críticas. Com a chegada do treinador Ricardo Sá Pinto, vieram as mudanças que tanto os vascaínos esperavam. Pelo lado direito, Léo Matos, recém-contratado do PAOK, da Grécia; na esquerda, Neto Borges, emprestado pelo Genk, da Bélgica, e que só havia sido titular em duas partidas antes da chegada do comandante português.
Com estilos parecidos e experiência internacional em seus currículos, Matos e Borges dão ao Vasco uma ofensividade que já começa a fazer a diferença para o time. Enquanto o primeiro balançou a rede logo em sua estreia, no empate em 1 a 1 com o Goiás, fora de casa, e vem sendo uma das principais alternativas de ataque do Cruz-Maltino nos últimos jogos, o segundo vem agradando o novo chefe com atuações convincentes. Apesar de ter cometido o pênalti que deu a vitória ao Palmeiras por 1 a 0 em São Januário, o lateral-esquerdo mostrou qualidades diante do Sport. Foi dele o cruzamento que resultou no segundo gol de Germán Cano na partida, que sacramentou a primeira vitória vascaína no Brasileirão desde o dia 13 de setembro.
Ainda é cedo para apontar a dupla como a solução para as laterais. Os torcedores, porém, estão aparentemente mais sossegados e com motivos para acreditar na recuperação da equipe no Brasileirão.
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