Marrocos 2 x 1 Brasil. Se o objetivo final é ganhar a Copa do Mundo, é importante lembrar que o último começo de trabalho que obteve tal conquista ocorreu em julho de 2001. Quando o gênio de todos nós, Luiz Felipe Scolari, assumiu a Seleção Brasileira, substituindo Emerson Leão. Mas ganhando de presente Roberto Carlos, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo Fenômeno, todos no auge de suas carreiras. Tirar por completo o mérito de um treinador campeão do mundo é ignorância. Mas sem o quarteto citado a inegável inteligência do técnico gaúcho não seria suficiente.

Amrabat briga pela bola com Paquetá durante a vitória do Marrcos sobre o Brasil –  Fadel Senna via Getty Images

Ramon Menezes montou uma boa equipe no Sul-Americano Sub-20, que foi campeã e para quem apenas começou na equipe principal, até que não foi tão mal, dadas todas as circunstâncias que enfrentou. Não seria absurdo afirmar que a Seleção apresentou bons momentos do meio para frente, nos dois tempos. Mas que a retaguarda esteve caótica, tanto que tomou dois gols. Scolari também apanhou na estréia, 1 a 0 para o Uruguai, em Montevidéu.

Marrocos x Brasil, clima pesado

Brasil e Marrocos não disputaram exatamente um amistoso. O clima era pesado. O time africano jogava em casa, diante de quase 70 mil pessoas, com a formação e o técnico que alcançaram o quarto lugar no Qatar. E o Brasil, de técnico novo, reunindo maioria de atletas pela primeira vez, todos tentando provar que podem freqüentar as convocações.

O Brasil começou tentando marcar a saída de bola do adversário. Mas cometendo um punhado de faltas em sequência, e o Marrocos jogando o futebol solidário da Copa 2022, compacto, com troca de passes e rapidez nas jogadas ofensivas. Como o objetivo, cada qual de seu jeito, era ganhar, ambos criaram algumas oportunidades, e após gol bem anulado de Vinícius Júnior – posição irregular na origem – os Leões de Atlas fizeram 1 a 0 aos 28 minutos, com Sofiane Boufal, aproveitando equívocos da zaga adversária.

O Marrocos assumiu uma postura defensiva na etapa derradeira, para liquidar nos contra-ataques. E  o Brasil, passou a mandar na partida, construindo jogadas com alguma facilidade, mas errando as conclusões. Os treinadores efetuaram várias mudanças. Mas o domínio da equipe de Ramon prosseguiu, até que Casemiro bateu de fora da área, sem muita força, e Yassine Bounou aceitou um franguinho simpático: 1 a 1. Eram 67 minutos.

O problema é que a Seleção era invariavelmente confusa na defesa. Permitiu que o Marrocos levasse perigo sempre pisava a área, como voltou a acontecer no segundo tempo, quando Abdelhamid Sabiri apanhou sobra e chutou sem perdão para enfiar 2 a 1. Os times já estavam desfigurados, efetivamente cansados, quando os acréscimos atrasaram o fim do jogo. Enfim, resultado justo, dadas as circunstâncias.

Siga o Jogada10 nas redes sociais: TwitterInstagram e Facebook.

Comentários