Após três anos, Leonardo deixou de ser o principal consultor do futebol do PSG (responsável pelas contratações). Ele foi desligado do clube em maio. Em seu lugar assumiu o português Luís Campos. Nesta quinta-feira (16), Leo concedeu pela primeira vez uma entrevista: foi ao “L’Équipe”, principal jornal esportivo da França e da Europa. Ele disse que saiu sem qualquer amargura, mas que tinha vontade de seguir no cargo.

Leonardo concedeu ao ‘L’Équipe’ a sua primeira entrevista desde que saiu do PSG Reprodução

 

Ele saiu pela tangente na pergunta mais esperada: sobre  a especulação de que foi demitido por ordem de Mbappé, que somente aceitaria continuar no PSG se o brasileiro saísse:

“Não, não me disseram isso. Mas não quero entrar nessas coisas. E o fato de ter mantido um jogador deste nível, francês e parisiense, é importante para o PSG”,

Leo disse que sai sem mágoa alguma, com as portas abertas e que o resultado de seu trabalho foi positivo, com muitos motivos de orgulho. Entre elas ter conseguido levar Messi para o clube:

“Cronologicamente, há Pelé, Maradona, Messi. Ele está no Olimpo. Eu o contratei. Então, quando faço um balanço dos meus três anos, vejo uma final e uma semifinal de Champions, o décimo título francês, outros sete troféus nacionais … e adiciono a contratação de Messi.

Veja aqui trechos da entrevista

Você soube por qual motivo estrava indo embora?

Algumas coisas que são ditas internamente devem permanecer internas. Foi isso que vivi com o clube. Quando queremos nos separar de você, não há um bom jeito de dizer que acabou.

Por qual motivo não houve um anuncio oficial pela sua saída?

Sempre acho um pouco patético dizer “muito obrigado, adeus”.

Você disse que seu trabalho foi positivo. Por que mudar se é positivo?

“São ciclos. Talvez os relacionamentos sejam muito intensos e isso signifique mudar muito rapidamente. Isso não acontece apenas no PSG. Está mudando muito, em todos os lugares. Pode haver impaciência também. O futebol tornou-se ainda mais importante, mais global. E quando atinge tal dimensão, ele se move.”

O que mais te orgulha nesta terceira passagem pelo clube?

A minha boa relação, a sensação de que sempre posso voltar. Não digo trabalhar de novo neste clube que já fui jogador e dirigente em duas oportunidades. Mas as relações que criei e conseguimos trazer jogadores importantes. Vários, como o Messi.

Cumpriu sua missão?

Parece que sim. Quando saio na rua hoje, vejo pessoas que me dizem: “Ah, que pena!” Bem, talvez estejam dizendo isso agora, porque estou indo embora. (Ele começa a rir.) Mas essa é a sensação que tenho. Quem vê meu currículo terá lá: a única transferência de Messi em sua carreira! Então sim, obrigado. Messi… não há nada mais do que isso.

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