Dois treinadores brasileiros merecem estar entre os destaques desta edição da Libertadores da América. Veteraníssimo, Luiz Felipe Scolari faz um ótimo trabalho no comando do Athletico-PR, um dos finalistas da competição. Também com enorme experiência no futebol, Dorival Júnior herdou um confuso Flamengo das mãos de Paulo Sousa e, em pouquíssimo tempo, não só arrumou a casa, como fez o time desfilar em campo com organização, muito talento e criatividade. Não à toa, a equipe chega à decisão de forma invicta e com o favoritismo.
É verdade que o Furacão tem totais condições de surpreender na final do dia 29 de outubro, em Guayaquil, no Equador. A equipe já provou a sua força, principalmente ao eliminar o bicampeão Palmeiras, vencendo por 1 a 0 na Arena da Baixada e arrancando na marra um empate em 2 a 2 no Allianz Parque.
Felipão sabe que tem em mãos um grupo dedicado e fiel ao esquema tático, mas sem a qualidade do adversário. O elenco do Flamengo é, com certeza, o melhor do continente e vem mostrando em campo um futebol digno de muitos elogios. Além disso, em recentes duelos pelas quartas de final da Copa do Brasil, o time carioca passou pelo paranaense com autoridade, sendo superior nas duas partidas.
O fato de a decisão ser em jogo único, em campo neutro, num outro país, aumenta o equilíbrio e a imprevisibilidade. Um pênalti ou uma expulsão, inclusive, podem mudar radicalmente os rumos do confronto e, nesse caso, não haverá uma segunda chance.
A final da Libertadores também comprova a força e o poderio financeiro do futebol brasileiro na América do Sul. Afinal, será a terceira decisão seguida entre equipes nacionais. Resta saber quem vai sair do Equador trazendo a taça. Felipão e Dorival Júnior têm filosofias de trabalho bem diferentes, mas não menos eficientes: um privilegia o sistema defensivo e, o outro, preza pelo jogo ofensivo. Que estilo levará a melhor? Façam suas apostas.
*Este texto não reflete, necessariamente a opinião do Jogada10
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