Nesta terça-feira (28), a Liga do Futebol Brasileiro (Libra) realizou a Assembleia Geral Extraordinária presencial na sede da Federação Paulista de Futebol (FPF). No encontro, houve a aprovação do novo modelo de receita da associação, aproximando, assim, do que foi exigido pelo outro bloco, a Liga Forte Futebol do Brasil (LFF).

De acordo com o novo cálculo de divisão de receitas. fica estabelecido em 40% igualitário, 30% por performance e os outros 30% pelo engajamento, em medição unicamente por audiência durante a transição. Os critérios seguem inalterados depois desse período, contudo o modelo passa para 45-30-25, a exemplo da Liga Forte.

A proposta da Libra para a transição deve durar um período de até cinco anos, ou então quando o somatório dos contratos de transmissão da liga atingirem R$ 4 bilhões. Na oferta apresentada pelos clubes, na última segunda-feira, o patamar estava em R$ 2.8 bilhões. Mas o valor sofreu alteração com ajustes realizados pelo Mubadala Capital, investidor do grupo. Com isso, o valor atual do somátório dos contratos de transmissão está em R$ 2,1 bilhões, o que não implicaria em perda de dinheiro por parte dos clubes de maior arrecadação.

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Assembleia da Libra ocorrida na sede da Federação Paulista de Futebol – Rodrigo Corsi/FPF

Diferença final na fila do rateio foi reduzida

Com a aprovação dos números na assembleia, a diferença final entre o que recebe o primeiro e o último clube da ordem do rateio é de 3.9 vezes na transição e 3.4 vezes após esse período. Número bem mais próximo do que exige a LFF: 3.5 vezes. Antes de ocorrer a votação desta terça, a matemática em exercício no estatuto da Libra apontava uma diferença de 4.88 vezes do primeiro para o último da arrecadação.

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Houve a formação de uma comissão de clubes para apresentar a proposta e, assim, dar a largada para um debate objetivo no tocante à divisão de receitas de uma liga única. lberto Guerra (Grêmio), Duílio Monteiro Alves (Corinthians), Gabriel Lima (Cruzeiro), Guilherme Bellintani (Bahia), Rodolpho Landim (Flamengo) e Thairo Arruda (Botafogo) foram os escolhidos.

Libra: veto à necessidade de unanimidade para votações

Houve a discussão de um outro tema importante, embora não tenha ocorrido votação. Trata-se do veto à necessidade de unanimidade para os pleitos como mudança no rateio de receitas e que será deliberada na próxima assembleia da liga.

“O trabalho da gente é esse, será viável a nossa liga havendo a união de todos os clubes. E houve uma evolução grande hoje, chegamos a 3.4 vezes (entre o primeiro e o último), vai ser muito interessante isso, são mais argumentos para que mais clubes venham aderir à liga. Fiquei bem animada. Portanto, o que foi definido hoje foi isso. Assim, vamos chegar numa proporção de 3.4 com o tempo. A divisão de receitas chegaremos a 45%, 30%, 25%. Engajamento será só a audiência. Foi uma evolução muito grande”, explicou Leila Pereira, presidente do Palmeiras.

Os clubes que tiveram participação mais acentuada na elaboração da proposta a passar por votação em assembleia pela Libra foram: Bahia, Botafogo, Bragantino, Cruzeiro e Vasco. Na segunda-feira, uma reunião da comissão de investimentos da Libra com o investidor do grupo, o Mubadala Capital, ainda resultou em ajustes.

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