A Liga Espanhola (LFP), entidade que organiza o Campeonato Espanhol, arquivou a acusação de racismo contra o zagueiro Cala, do Cádiz, suspeito de ter proferido ofensas racistas contra Diakhaby, do Valencia, em jogo realizado no último domingo, pela competição.

Em comunicado, a LFP afirmou que não foram encontradas evidências de racismo no caso.

“Após a análise dos elementos, conclui-se que não foi encontrada nenhuma evidência, em nenhum dos suportes disponíveis, de que o jogador Juan Torres Ruiz (Juan Cala) tenha insultado Mouctar Diakhaby nos termos denunciados. Para complementar o relatório, foi contratada uma empresa especializada, que realizou uma análise labial das conversas e um estudo do comportamento dos jogadores”, informou a entidade.

Diakhaby chegou a abandonar a partida, acompanhado por companheiros do Valencia – Reprodução de TV

A entidade frisou o compromisso na luta contra o racismo.

“A Liga reitera a sua condenação ao racismo em todas as suas formas e mantém o compromisso de lutar permanentemente contra qualquer tipo de manifestação a este respeito, que se materializou na apresentação de inúmeras denúncias de crimes de ódio, inclusive, com ação penal, em processos anteriores”.

VALENCIA CONTESTA

O Valencia divulgou um comunicado oficial no qual contesta a decisão.

“A LaLiga fez-nos chegar os resultados da sua investigação relativamente ao ato racista que Diakhaby sofreu e explicaram-nos a metodologia utilizada. Por não terem sido encontradas provas, isso não significa que as coisas não tenham acontecido”.

O clube reiterou que seguirá brigando para provar que houve ato racista na partida contra o seu jogador e reforçou que lutará por “uma resposta apropriada”.

Na segunda-feira, um dia após o jogo, o Valencia já tinha se engajado na campanha a favor de Diakhaby. Cala, por sua vez, alega que foi vítima de um “circo”.

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