O que faz o América-MG ser um visitante indigesto

O América-MG ainda não perdeu nenhuma partida como visitante na Copa do Brasil. Desta vez, empate em 1 a 1 com o Palmeiras, no Allianz Park. O time nunca entra como favorito, e Lisca arma o time de acordo com seu adversário. Contudo, mantém a estratégia de um time bem posicionado em campo. Dessa forma, saiu o gol de Ademir, em uma pressão em cima da saída de bola palmeirense. Emerson tomou a pior decisão possível e acabou dando o passe errado que os mineiros precisavam para acertar. Mas isso só ocorreu devido ao jeito como o ataque americano fechava os espaços.

Ademir admitiu, após o jogo, que é um pedido do técnico ficar ali naquela pressão. O time mineiro conseguiu atrapalhar a saída de bola e impediu que a força coletiva implementada por Abel Ferreira alcançasse um bom resultado. Apesar disso, Lisca reclamou com o time do gol que levou, pois foi um dos poucos momentos de desatenção da equipe. Era o último lance do primeiro tempo e o gol saiu a partir de um lateral. Ficou a sensação de que poderia ter conseguido terminar o primeiro tempo a frente no placar.

No segundo tempo, o domínio palmeirense foi claro, e o goleiro mineiro Matheus Cavichioli salvou o time diversas vezes.

Visitante indigesto

Nas quartas de final e nas oitavas, o América-MG ganhou por 1 a 0 fora de casa, especificamente contra Internacional e Corinthians. A tática seguiu o mesmo caminho contra o Palmeiras, com um time bem armado na defesa e atrapalhando a saída de bola adversária lá na frente, fechando espaços.

O Coelho foi para cima dos favoritos nessas partidas fora de casa, com foco em aproveitar uma oportunidade para obter a vantagem. O fato de sempre entrar como zebra, como se fosse perder a qualquer momento, acaba por ajudar nas táticas de Lisca.

Não é sorte. Na Série B do Brasileirão, o time mineiro está em segundo lugar, faltando sete rodadas para o fim do campeonato e tem tudo para subir para Primeira Divisão.

Por fim, o América-MG segue surpreendendo e pode fazer sua primeira final de Copa do Brasil. O “doido” Lisca quer continuar fazendo história.