Demitido pelo Botafogo no dia 14 de novembro, em uma aposta da diretoria para a equipe retomar a boa fase no Brasileirão, Lucio Flavio falou, nesta terça-feira (5), sobre bastidores do time carioca na competição. Entre os temas abordadas na entrevista ao “Charla Podcast”, no YouTube, Lucio detalhou, principalmente, os passos de Bruno Lage no Alvinegro.

A coletiva de imprensa de Bruno Lage após o clássico com o Flamengo foi o início para a queda do treinador português no clube. Afinal, após a derrota, ele colocou o cargo à disposição da diretoria. Assim como foi para os torcedores, Lucio detalhou que a própria comissão técnica e os jogadores, que não esperavam por aquele posicionalmente de Lage, ficaram abismados.

Lucio Flavio durante a entrevista – Foto: Reprodução / YouTube

“A mesma reação de quem estava na sala de imprensa (jornalista), nós tivemos. Estávamos (a comissão técnica) acompanhando, começamos a olhar um para o outro. Mas ninguém sabia. Chamou muito a atenção. Depois disse que queria chamar a responsabilidade. Aliás, os jogadores não gostaram. Para o grupo isso não soa bem. Sabemos que os jogadores se falam, grupo… A gente percebeu isso”, explicou Lucio Flavio.

Escolha de Lage em deixar Tiquinho Soares no banco contra o Goiás

Uma decisão de Lage que deixou os torcedores irritados foi deixar Tiquinho Soares no banco de reservas na partida contra o Goiás, no Estádio Nilton Santos. O camisa 9, após o time visitante abrir o placar, entrou em campo e garantiu o empate para o Glorioso. Segundo Lucio Flavio, ele foi voto vencido na escolha por escalar Diego Costa e não Tiquinho. Ele ainda revelou que chegou a conversar com Lage sobre a importância do homem-gol do time em 2023, mas mesmo assim não adiantou.

“O Tiquinho vinha de uma lesão e era normal que ele não jogasse muito bem. Na barração do Tiquinho, era uma época que ele não divulgava a escalação com antecedência. Quando faltavam dois dias para o jogo do Goiás, ele comentou sobre ir sem o Tiquinho. Eu fui voto vencido, eu disse que daria pra jogar com Diego e Tiquinho. Aí passou o treino, ele chegou para mim e disse que estava propenso a escalar o Diego”, revelou Lucio.

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Lucio disse, ainda, que o clima no vestiário antes dessa partida, após o anúncio da escalação, ficou pesado.

“Eu falei sobre a importância do Tiquinho, que estava sendo especulado na Seleção e que daria para jogar com os dois. Mas, aí chega a situação do hotel, quando ele mostrou a escalação no PowerPoint e depois o clima ficou estranho no vestiário. O Clima ficou pesado com a barração do Tiquinho”, completou.

Veja outras respostas de Lucio Flavio

Queda de rendimento de Tiquinho Soares

“Ele não é de se abrir muito, mas dava para perceber na postura dele que aquilo o afetava. Mas ele sempre quis estar à disposição, foi muito forte. No entanto, a gente percebia em determinados momentos que ele estava abalado. Teve a questão do pai e da lesão que tiraram a confiança do Tiquinho. E isso tudo em um momento de decisão do campeonato.”

Derrota para o Palmeiras por 4 a 3

“No vestiário do intervalo do jogo, eu falei que a única chance da gente perder a partida era tendo um jogador expulso. A gente tinha jogado muita bola no primeiro tempo, 3 a 0 foi pouco. As chances de perder ali era expulsão ou o time voltar sonolento.”

Jogadores do Palmeiras comemorando gol contra o Botafogo – Foto: Cesar Greco/Palmeiras

“Ai teve o pênalti aos 36′ e eu já chamei dois (jogadores) do banco falando que a gente ia fazer o gol e depois fechar a casinha. Mas acabou que o tiquinho perdeu o pênalti e ai o nosso emocional veio a baixo. Tomamos um gol atrás do outro e o da virada no último lance do jogo.”

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