Após a derrota para o Coritiba, o técnico Luís Castro confirmou que encontrar o meio-campo de ideal tem sido sua grande dificuldade no Botafogo até aqui. No jogo do último domingo, o treinador tentou uma nova formação com Del Piage e Chay, mas os dois acabaram sendo substituídos no intervalo e no segundo tempo, respectivamente.
“Tem, tem sido difícil porque normalmente nós construímos uma equipe ao longo de uma pré-temporada. Normalmente, neste período de pré-temporada, temos ali nove a dez jogos em que identificamos claramente todas as qualidades dos jogadores e como que eles se ligam uns com os outros”, explicou Castro.
“Isso tem sido feito ao longo de uma temporada, em que nos chegamos de forma oficial. Se eu fizesse isso ao longo de uma pré-temporada, todos os analistas entenderiam isso como uma coisa normal, ainda a procura de uma equipe, ainda a procura da melhor ligação entre eles. Como é feito no campeonato, há muitas instabilidade na equipe, não está a conseguir encontrar”, completou.
O treinador também pontuou que o time teve dificuldade para concluir as jogadas criadas. Luís Castro destacou que o time conseguiu chegar até a zona de finalização do campo, mas a tomada de decisão na hora de finalizar o lance “está sendo fatal”.
“O Coritiba finalizou mais vezes dentro da área do que nós, nós menos vezes dentro da área. Tivemos, nos dados estatísticos, por cima em tudo, mas o Coritiba nos criou muitas dificuldades ao longo de todo o jogo. Entrou melhor, equilibramos ali aos 15 minutos, aí conseguimos por cima no jogo. Aí, nesse momento, levamos a bola nas costas da nossa linha que sofremos o gol. Nós chegamos muito à zona de finalização, mas não tomamos a melhor decisão. Eu acho que essa tomada de decisão é algo que sendo fatal ao longo daquilo que foi a temporada até hoje”, analisou Castro.
“A equipe percorre bem até lá (a zona de finalização), mas chegando lá, não consegue entrar muitas vezes na última linha, ou tenta chegar à finalização em timings que são desajustados. Por isso não temos tanta eficácia naquilo que é o nosso volume ofensivo. É algo que faz parte das características dos jogadores e é algo que nós tentamos mudar ao longo daquilo que são os nossos trabalhos diários. Acho que vai chegar o momento em que nosso volume ofensivo e a nossa porcentagem em termos de bola se converterá em finalizações de qualidade, que nos tem faltado. Acho que temos finalizado muito, mas não da melhor forma” completou.
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