O fim de semana do Flamengo está sendo registrado mesmo nas páginas policiais. Depois de Gabigol ser detido durante a madrugada por estar em um casino que funcionava irregularmente em São Paulo, surgiu a notícia de que outro atacante, Pedro, está no meio de uma investigação da Polícia Civil. O passaporte esportivo do atleta teria sido falsificado de modo a simular uma passagem pelo Bangu para favorecer o clube em transações milionárias.
A notícia foi divulgada pelo ‘Esporte Espetacular’, da Rede Globo. O passaporte esportivo, um documento exclusivo de jogadores e emitido pela CBF tem, entre outros objetivos, fazer valer a regra da Fifa de destinar 5% dos valores envolvidos na negociação de jogadores aos clubes formadores, ou seja, onde o atleta jogou na base. No caso de passaporte de Pedro, consta uma passagem de um ano e oito meses pelo Bangu, de agosto de 2011 até abril de 2013.
Só que, no entanto, Pedro nunca atuou pelo clube. No mês passado ele esteve na sede da Delegacia de Defraudações, no Rio de Janeiro, e disse em depoimento que fez testes para o clube em uma praça do bairro, mas que nunca vestiu a camisa da equipe de Moça Bonita. Por outro lado, o presidente do Bangu, Jorge Varela, afirma que houve sim um vínculo do jogador com o clube e apresentou à polícia uma suposta súmula de um jogo de Pedro pelo Bangu. A polícia está investigando a veracidade do documento.
Quando Pedro foi vendido pelo Fluminense para a Fiorentina, em 2019, por R$ 58 milhões, o Bangu abocanhou R$ 200 mil devido ao mecanismo de solidariedade. Agora com a compra pelo Flamengo, o clube deveria receber mais um percentual da negociação.
A CBF informou que os passaportes esportivos dos atletas são emitidos com informações enviadas pelas federações estaduais. A FERJ, por sua vez, informou que cumpriu os procedimentos vigentes com relação a registros de atletas.
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