Marcão terá grande chance pelo Fluminense

Identificado com a torcida pela época de jogador e querido pelo elenco, Marcão assume o comando do Fluminense pela terceira vez. Assim como nas outras ocasiões, o então auxiliar recebe uma oportunidade da diretoria com a saída do treinador na parte final do Brasileirão. Só que, ao contrário de 2016 e 2019, agora Marcão está em situação favorável e brigando na parte de cima da tabela. Uma oportunidade rara na carreira.

“São situações diferentes, mas a responsabilidade é a mesma. Estamos bastante empenhados no projeto. É um momento especial, estou feliz pelo clube ter confiado no estafe e, da nossa parte, é entregar tudo que temos para deixar o Fluminense forte como está”, afirmou.

O desafio do novo treinador tricolor desta vez é manter a boa fase. Se antes lutou contra o rebaixamento ou chegou como tapa-buraco, agora a pressão por resultados será maior. Afinal, o Fluminense vivia bom momento com Odair Hellmann, que aceitou proposta do Al Wasl dos Emirados Árabes, e uma queda nos bons resultados trará cobrança.

Não que nos outros momentos não houvesse necessidade de vitórias. Pelo contrário. Inclusive, em 2019 eram necessárias. Mas a situação desesperadora também ajudou Marcão a ganhar confiança da torcida quando os resultados apareceram. Afinal, ele assumiu no lugar de Oswaldo de Oliveira na luta contra o rebaixamento e conseguiu o objetivo de fuga.

Clássico como primeiro jogo em 2019

A estreia também foi em clássico, assim como será agora. Só que o adversário foi o Botafogo. A vitória por 1 a 0 trouxe alívio, ainda mais com três rodadas sem perder, somando sete pontos. Ao todo, foram 16 jogos no Brasileirão, com aproveitamento de 50% e 24 pontos importantíssimos para fugir do rebaixamento e garantir uma vaga na Copa Sul-Americana.

Um desempenho muito elogiado, mas que não foi suficiente para garantir a permanência como técnico. Com a chegada de Odair Hellmann, Marcão, que é amigo pessoal do presidente Mário Bittencourt, voltou a ser auxiliar, mas com a missão de comandar a equipe sub-23 também.

Marcão viveu jejum em 2016

Ainda assim, o final foi mais feliz do que na sua primeira experiência como técnico do Fluminense. Em 2016, Marcão assumiu no lugar de Levir Culpi uma equipe em crise e que não vencia há seis rodadas no Brasileirão. Inexperiente e em meio à crise, não conseguiu melhorar a situação nos quatro últimos jogos do campeonato e amargou dois empates e duas derrotas. Com o desempenho, não ficou em 2017.

Desta vez, a missão será seguir na luta por uma vaga na Libertadores. E com o calendário apertado, tem chances de ser mantido no cargo em 2021 caso consiga realizar um bom trabalho nos 14 jogos que restam no Brasileirão.

“Calma, estou chegando agora (risos). Vamos ganhar a confiança no dia a dia, deixa mais para frente para falar sobre isso (permanência em 2021). Minha meta é manter o Fluminense na posição que hoje é importante e devagarzinho crescer”, avisou.